Na cerimônia de transmissão de cargo, nesta segunda-feira (02/01), em Brasília (DF), o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que “o Brasil voltou a respirar”. No evento, Padilha citou a ex-presidenta, Dilma Rousseff, de quem foi ministro da Saúde.
Padilha anunciou que, em sua gestão, quatro “grandes missões” norteariam o seu trabalho. São elas: a democracia, o diálogo, as instituições e o povo brasileiro.
“Esse ministério é o ministério do diálogo, não existe alguém aqui quem vai falar de metralhada contra a oposição. Essa época acabou. Teremos o diálogo e o respeito com os partidos que compõem a oposição”, destacou o novo ministro.
O ministro mencionou a recriação de conselho voltado à expansão econômica-social. “Vamos refundar o chamado Conselhão, o Conselho do Desenvolvimento Econômico-Social, e quero dar uma notícia que talvez as pessoas não tenham visto no Diário Oficial: o Conselhão tem nome novo. Agora, ele se chama Conselho do Desenvolvimento Econômico-Social e Sustentável, porque a agenda da sustentabilidade está no centro do desenvolvimento do nosso país”, afirma Padilha.
Responsável pelas relações políticas do novo governo, Padilha enfatiza que o compromisso da pasta é manter o diálogo respeitoso e responsável com os demais integrantes da vida pública e política.
“Não queremos nem barbárie e nem insegurança econômica. Nós queremos crescimento econômico, redução da desigualdade e saúde das contas públicas. Seremos liderados pelo presidente Lula, pelo vice-presidente Alckmin, pela concertação do Conselhão, pela boa relação no Congresso Nacional e com os governadores e prefeitos para dar conta desse desafio”, finaliza.
Além de Dilma Rousseff, Alexandre Padilha estava acompanhado do ex-presidente da República e senador fora de exercício José Sarney. Os senadores Jaques Wagner (PT) e Randolfe Rodrigues (REDE), líderes do governo no Congresso Nacional, também estavam presentes no palco da cerimônia.
Perfil
O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é deputado federal reeleito pelo PT de São Paulo. Foi ministro nos governos Lula (2009- 2010) e Dilma Rousseff (2011-2014), tendo chefiado as pastas das Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente. Também assumiu as mesmas pastas durante a gestão de Fernando Haddad (2015- 2016) na Prefeitura de São Paulo. Quando no Ministério das Relações Institucionais da Presidência da República, Padilha articulou, junto ao Congresso Nacional, pela aprovação de diversos projetos de iniciativa do Executivo, como: o marco regulatório do Pré-Sal; a lei de regulamentação do Fundeb; o Estatuto da Igualdade Racial; a Lei de Consórcios Públicos; a Lei das PPPs; a Lei Nacional de Saneamento; e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.
Ele coordenou a implantação federativa, em parceria com governos estaduais e municipais, de programas como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Também coordenou o diálogo com atores econômicos no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. Essa experiência foi um dos motivos para Padilha ter sido escolhido como um dos interlocutores junto aos atores econômicos durante a campanha do presidente Lula em 2022.
Como ministro da Saúde, Padilha criou o programa Mais Médicos, que chegou a ter, durante o governo Dilma Rousseff, 18 mil médicos em atuação, atendendo a cerca de 60 milhões de brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde. Também são de sua gestão avanços como a oferta gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes, pelo programa Farmácia Popular, e a expansão de diversos serviços especializados em oncologia e em cuidado obstétrico, com a Rede Cegonha.
Como deputado federal esteve por quatro vezes entre os parlamentares mais influentes do Congresso de acordo com o DIAP e do prêmio de melhores deputados do Congresso em Foco. É autor da Lei que garante indenização aos trabalhadores da Saúde e da Assistência Social vítimas da Covid-19 e aos seus dependentes, das Leis Aldir Blanc, Paulo Gustavo e Lei Despejo Zero. Coordenador da Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) no Congresso Nacional e membro da Comissão de Seguridade Social e Família, Desenvolvimento Urbano, Cultura, Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Foi o relator que viabilizou a aprovação do Piso Nacional da Enfermagem. Foi o parlamentar responsável por impedir que Sergio Moro saísse candidato pelo estado de São Paulo. Professor dos cursos de Medicina e Saúde da Universidade Nove de Julho/UNINOVE e da São Leopoldo Mandic, e colaborador nas disciplinas do Mestrado profissional da Unicamp.
Com informações do Governo Federal.
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