Tribunal do Júri realizado nesta terça-feira, 19, condenou a 14 anos e quatro meses de prisão Wilton Rodrigues pelo feminicídio de sua ex-companheira, Elizanya dos Santos.
O crime aconteceu em fevereiro do ano passado, em Araguaína. Na época, Wilton, que ainda morava na mesma casa, negou a autoria e disse à polícia que a ex-mulher teria sido vítima de um assalto.
Elizanya foi encontrada em sua cama, assassinada com um golpe de faca, e conforme indicam as investigações, a motivação seria o fim do relacionamento. Para o Ministério Público, a vítima foi pega de surpresa e não teve chances de fugir ou reagir. Ela foi atingida pela facada enquanto estava dormindo.
No dia dos fatos, Wilton contou que encontrou a ex-esposa já morta por volta das 5h30, em decorrência de um assalto ocorrido à meia-noite, no entanto, ele não teria conseguido acionar a polícia antes, devido à falta de sinal no telefone celular e de problemas na sua moto.
O laudo pericial técnico realizado no local verificou que a casa não possuía sinais de arrombamento, tendo ainda a polícia encontrado a arma do crime, com manchas de sangue, escondida no quintal. Pelas condições do corpo da vítima, o laudo também concluiu que a morte ocorreu às 5h da manhã e não à meia-noite, como declarado por Wilton.
Com base nas provas, o promotor de Justiça Guilherme Cintra Deleuse sustentou que Wilton matou a ex-mulher por motivo fútil e com utilização de recurso que dificultou a sua defesa.
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