Num plano ambicioso de fazer justiça, milhares de pessoas se reuniram em Brasília neste domingo, 08, e invadiram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Os manifestantes chegaram na praça dos três poderes no meio da tarde deste domingo, após um grupo de bolsonaristas radicais furar o bloqueio feito pela polícia para impedir o acesso aos prédios públicos.
Conforme o apurado pelo DT, cerca de 100 ônibus com 3.900 bolsonaristas estavam no local. Ao que tudo indica, a organização das manifestações antidemocráticas estava sendo feita por meio das redes sociais e de grupos de aplicativo, como WhatsApp e Telegram.
Vandalismo
No STF, foi possível verificar que um grupo quebrou vidros, e pessoas batiam com pedaços de pau contra móveis do prédio. No Palácio do Planalto, as imagens mostram que foram quebradas simbólicas obras de arte, portas e uma mesa de vidro. No Congresso Nacional, vídeos exibem vândalos batendo contra cadeiras do Plenário e fazendo do escorregador o plenário.
Medidas
As cenas de invasão registradas em prédios públicos já vinham sendo anunciadas por grupos bolsonaristas nos últimos dias. A preparação para o ato de hoje era organizada há semanas, e desde domingo os protestantes se reuniram no Distrito Federal.
Durante a madrugada, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decretou uma medida para tirar o comando da área de segurança pública do governador Ibaneis Rocha (MDB) e colocar as polícias e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal sob o controle da União. Além disso, na madrugada o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias.
O ministro disse que os atos terroristas do domingo só podem ter tido a anuência do governo do DF, uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos.
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