Segundo Felipe Fabbri, zootecnista e analista da Scot Consultoria, o comportamento do Boi Gordo no país, neste mês de junho, foi típico de uma entressafra. “Nos sentimos uma safra e entressafra bem marcante, e em junho não foi diferente. A oferta acaba pesando bastante na questão de precipitação do boi gordo. Percebemos uma precipitação muito alta em todas as praças monitoradas pela Scot Consultoria, com exceção do Sul. Temos nesse período o fator de inverno que acabou não movimentando o Boi gordo como nas outras regiões, mas ainda há um cenário bem restrito com relação a precipitação”.
Com isso, em São Paulo (SP) a referência para a arroba do boi ficou em R$317, comparado a um mês atrás, onde a arroba estava abaixo dos R$300. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 299,00. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 294,00. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320,00 por arroba. Em Goiânia, preços a R$ 305,00 a arroba.
O patamar atual de preços teve boa aderência por parte do pecuarista e resultou em um bom fluxo de negociações. Já os frigoríficos caminham para fechar a semana com escalas de abate mais bem posicionadas.
Exportações
Ainda segundo Fabbri, o ritmo das exportações neste ano está bom. “Estamos com Recorde atrás de Recorde, agora nessa transição de mês ele segue firme, com relação aos embarques mensais”.
Para o mês de junho (21 dias úteis), as exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,041 bilhão, com média diária de US$ 49,614 milhões.
Conforme mostra o levantamento do Ministério da Indústria, Comércio e Serviço, a média diária exportada pelo país chegou a 7,269 mil toneladas. Ao mesmo tempo, o preço médio da tonelada do Boi Gordo, ficou em US$ 6.825,10. Em relação a junho de 2021, houve ganho de 43,3% no valor médio diário da exportação, aumento de 8,8% na quantidade média diária exportada e valorização de 31,7% no preço médio.
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