O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou uma live nesta sexta-feira, 30, onde fez um balanço de seu mandato, que termina neste sábado 31.
Logo no início de sua fala, o presidente se queixou de que atitudes de violência política no país são sempre atribuídas a "bolsonaristas". "Hoje em dia, se alguém comete um erro, é bolsonarista. Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista na região do aeroporto", afirmou o presidente.
Bolsonaro também comentou sobre os acampamentos de apoiadores em frente a quartéis-generais do Exército em cidades do país. Os acampamentos fazem pedidos inconstitucionais, como intervenção militar e reversão do resultado das eleições.
Para Bolsonaro, as manifestações são espontâneas e não são lideradas por ninguém. Ele afirmou que não tem participação nos atos. "Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi", afirmou Bolsonaro.
Emoção
Bolsonaro chegou a se emocionar várias vezes durante a live e em duas delas foi quando relembrou dos "sacrifícios" de quem esteve ao seu lado no mandato, citando a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Outra ocasião foi quando disse que o Brasil "não acaba em 1º de janeiro".
Morte de Pelé
O presidente chegou a lamentar o falecimento de Pelé, que morreu nesta quinta (29) aos 82 anos em São Paulo. “Em meu primeiro mandato, tive contato com ele, tive o prazer de conversar alguns minutos com ele. Pessoa simples, mas que levou o nome do Brasil aos quatro cantos do mundo. Hoje o mundo todo chora o passamento do Pelé”, declarou.
“Ontem publiquei três dias de luto oficial pelo falecimento do nosso rei Pelé. A mãe dele é viva, tem 100 anos, não sei como está a saúde dela. Mas a pior coisa que pode acontecer com um ser humano é ver o filho ir embora. Então, que Deus conforte os familiares, os amigos e todos os brasileiro”, acrescentou.
Governo Lula
“Não vamos achar que o mundo vai acabar no dia 1º”, disse Bolsonaro se referindo ao novo governo, o de Lula.
Ele também negou a ideia de “vamos para o tudo ou nada”. “Não tem ‘tudo ou nada”, declarou antes de pedir que seja feita oposição com “inteligência” ao futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).