Chuvas de meteoros de 2023 poderão ser vistos a olho nu; saiba quais

Em entrevista ao DT, nesta terça-feira, 31, o presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), Marcelo Zurita, afirmou que desde o início do ano até esta data a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), fez mais de 2.700 registro de meteoros. 

“Foram mais de 2700 meteoros”, afirma Zurita, completando que “a maioria deles são tão fracos que só poderiam ser detectados por câmeras sensíveis, as que são utilizadas pela Bramon”. 

Os demais, que chamam a atenção e, por vezes, aparecem em temas de materiais, se destacam pela sua luminosidade. “Tem sempre aqueles que chamam mais atenção, e podemos chamá-los de bólidos, porque são meteoros mais luminosos provocados pela passagem de fragmentos de rochas, um pouco maiores, pela a nossa atmosfera. Esses, brilham mais e alguns deles acabam de forma explosiva”, explica Zurita. 

Fenômenos espaciais

Para quem curte apreciar um céu iluminado, Zurita explica que será possível apreciar a vista em alguns momentos deste ano. Isso porque nos meses de abril, agosto e dezembro, acontece o fenômeno chamado como “chuva de meteoros”. 

“Neste ano ainda não começou a temporada de chuvas de meteoros. A primeira e mais intensa que teremos a Líridas, em 23 de abril, mas também as perseidas, em agosto e as Gemínidas, em 14 de dezembro, que devem ser as mais intensas deste ano”.  

Líridas

O primeiro espetáculo citado por Zurita acontece entre a noite de 22 de abril e as primeiras horas da manhã de 23 de abril. A chuva de meteoros Líridas atingirá seu pico com condições do céu quase perfeitas para assisti-lo. O melhor horário para observá-las será nas primeiras horas da madrugada, pois a Lua crescente irá se pôr cedo na noite anterior, escurecendo os céus de modo que até as estrelas cadentes mais fracas fiquem visíveis. Longe das luzes, será possível enxergar até 20 estrelas por hora.

O nome “Líridas” se deve à chuva próxima à estrela Vega e sua constelação de Lyra. As Líridas podem produzir riscos luminosos e rápidos no céu noturno, com explosões de atividade em algumas ocasiões.

Perseidas

A mais famosa de todas, a Perseidas, mais conhecida como “chuva das estrelas” ocorre na segunda quinzena de julho e durante todo o mês de agosto, com pico na noite de 12 de agosto e na manhã seguinte, onde pode ser possível ver até 100 meteoros por hora, com interferência mínima da Lua.

Gemínidas

Já as Gemínidas, com até  120 meteoros por hora, devem ficar visíveis na de 13 a 14 de dezembro. A Lua quase nova estará totalmente fora do céu noturno, tornando mais fácil ver as estrelas cadentes. Os Geminídeos costumam deixar traços de um ou dois segundos, um pouco mais do que outras chuvas de meteoros.

Veja a explicação de Zurita no vídeo abaixo:
 

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