Desde o ano passado, os preços altos do mercado automotivo de novos estão assustando os consumidores brasileiros. O problema na cadeia de suprimento, a inflação, o aumento da caixa de câmbio e do combustível fizeram com que o preço de carros novos disparasse e a frota do país ficasse velha.
Conforme aborda o estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a partir do portal IstoÉ Dinheiro, o envelhecimento da frota do país foi influenciado nos últimos anos pandêmicos.
O veículo seminovo virou a opção do consumidor brasileiro, a venda de modelos com até três anos de uso cresceu 24,2% no primeiro bimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2015. Em contrapartida, a de carros usados (acima de três anos) reduziu 4,3%.
Para os carros 0KM o cenário é alarmante, já que os modelos mais baratos do mercado, como o Fiat Mobi e o Renault Kwid, não saem por menos de R$60 000 reais. As SUVs, queridinhas dos brasileiros, superam a marca dos R$100 000 reais. Por esse motivo, comprar seminovos ou manter os atuais, ainda que velhos e desgastados, é uma opção cada vez mais comum.
Na visão do diretor da Disbrava e diretor do Sincodiv (Sindicato dos Concessionarios e Distribuidores de Veículos do Estado do Tocantins), Pedro Márcio, a questão dos carros usados tem ganhado força, não por uma queda significativa, mas por opção, já que no mercado a escassez de carros 0km tem impressionado.
“Com relação ao mercado automotivo, do Brasil e do Estado do Tocantins, o que temos observado é que nos últimos dois anos houve uma aceleração dos preços devido ao problema na cadeia de suprimento, com a questão da inflação, aumento da caixa de câmbio e do combustível. Vimos uma crescente acentuada, mas ainda não conseguimos ver um recuo de preços, ainda faltam carros, principalmente carros que dependem de países asiáticos, que ainda sofrem com restrições da covid-19?, afirma o diretor, Pedro Márcio.
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