O movimento de queda nos preços das hortaliças segue firme nos mercados atacadistas do país. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), alface, batata, cenoura e tomate apresentaram cotações ainda mais baixas, na comparação entre julho e agosto deste ano, na maioria das Centrais de Abastecimento analisadas. As informações estão no 9º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela estatal nesta quinta-feira, 15.
A queda só não é mantida em relação ao preço da cebola, que continua apresentando aumento nas cotações dos mercados atacadistas. O preço médio ponderado do produto aumentou cerca de 12%. Neste período, a região Sudeste figura como principal abastecedora (quase 50%), seguida do Centro-Oeste (25%) e do Nordeste (15%). A alta atípica de preços neste ano pode ser atribuída, em grande parte, à performance da produção nordestina, que está abaixo do esperado.
Frutas
Em agosto, dentre as frutas analisadas, a melancia teve destaque de baixa nos preços. De acordo com o Boletim Prohort, houve maior comercialização do produto e queda das cotações na maior parte dos entrepostos atacadistas, com a produção concentrada em Ceres/GO e no centro-oeste do Tocantins. O calor e a demanda retraída tiveram grande influência nesse resultado.
No caso da maçã, a relação foi inversa, apresentando alta em todos os mercados em função dos problemas na última safra, afetada pela seca na região sul.
Para o próximo mês, no caso da laranja, é prevista uma leve pressão para a elevação nas cotações, devido à absorção industrial para produção de suco feita pela indústria paulista. Já para outras frutas como banana e mamão não há uma tendência de movimento uniforme.
Segundo a Conab, se as chuvas estiverem dentro da média histórica nas principais regiões produtoras (sul e oeste baianos, praças capixabas), e as temperaturas dentro da média, consoante o Boletim Agroclimatológico do INMET, as hortaliças serão favorecidas e o preço pode cair ainda mais para o consumidor. “Isso poderá favorecer a qualidade e o controle da oferta dos frutos, a depender de novos investimentos e qualidade dos tratos culturais nas lavouras”.
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