Deputado Zé Roberto Lula pede taxação das grandes fortunas para ajudar no combate ao coronavírus

“Estamos tomando as medidas certas, mas em um país desigual como o nosso, tudo isso ainda é insuficiente”, disse o deputado estadual Zé Roberto Lula – PT, durante a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins – Aleto, na manhã desta terça-feira, 24, convocada para aprovação do Estado de Calamidade decretado pelo governador Mauro Carlesse. 

“Noventa por cento da riqueza do Brasil está concentrada nas mãos de menos de 10 porcento da população e essas pessoas precisam contribuir. 

Esses bancos que ganharam trilhões nesses anos, agora eles têm que contribuir mais fortemente”, disparou o deputado ao lembrar que o Tocantins tem hoje mais de 1,2 milhão de pessoas que vivem com menos de dois salários mínimos. “Boa parte dessas pessoas vai perder seu salário e vão precisar do Estado para ter a mínima condição de sobrevivência”, disse. 

Para Zé Roberto Lula é a hora das grandes fortunas ajudarem o povo brasileiro. “Essa é a hora do estado confiscar o dinheiro e usar para ajudar os menos favorecidos. Temos que taxar riqueza, herança e cuidar do povo trabalhador”, sugeriu o deputado ao avaliar que a crise do novo coronavírus deve levar cerca de 140 milhões de brasileiros a extrema pobreza. 

Responsabilidade 

De acordo com Zé Roberto o Brasil e o mundo deve enfrentar a maior crise de saúde e economia, que a nossa história já teve, mas enquanto isso se aproxima, o deputado foi categórico ao afirmar que “se o nosso país fosse seguir as orientações do tresloucado do presidente, nós estaríamos enterrados”. O parlamentar lembrou ainda que “até agora tem ministro e secretário do Bolsonaro dizendo, que isso [novo coronavírus] é uma invenção, que é mentira e que não tem nada”.  

Diante da ausência do governo federal citada pelo deputado, ele aproveitou para parabenizar os governos estaduais, por terem começado a tomar as medidas de contenção para ajudar o povo trabalhador, o que segundo Zé Roberto é fundamental diante do desmonte dos direitos do trabalhador. 

“Nos últimos anos perdemos 30 mil leitos de hospital, diminuiu o Bolsa Família e desde o Michel Temer não há mais dinheiro para moradia”, disse Zé Roberto ao avaliar que “milhões de famílias já poderiam estar morando nas suas casas, muito mais seguras do que morando amontoadas em algum lugar. E agora, com isso, vamos pagar por essas ações irresponsáveis”, pontuou.  (Assessoria de imprensa)

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