Capivariando pelas ruas de uma cidade do interior de um estado localizado à Noroeste de Nárnia quando, num de repente avisto uma fila em frente à uma delegacia policial desativada; fila em frente à delegacia – nada anormal – pode estar acontecendo o fato de troca de documentos ou um abaixo assinado coletivo em prol de algum benefício que traga segurança à cidade. Mas o que me impressionou é que a tal fila que dobrava o quarteirão não era de pessoas, eram galináceas revoltadas exigindo seus direitos segundo me informaram os que se diziam proprietários de tantas galinhas.
Segundo a informação dos criadores, sitiantes da cidade, elas haviam formado um sindicato sem o conhecimento deles e começaram a exigir coisas tais como melhor qualidade do milho servido e correção no horário da distribuição das refeições. A represália por não cumprimento das reivindicações, seria a paralização da produção de ovos e fazerem regime evitando a engorda – imagino como ficariam – mas, e por qual razão uma fila tão enorme em frente à delegacia da polícia civil mesmo desativada? Minha pergunta intencional com o objetivo de matar tamanha curiosidade em mim formada; a resposta dos criadores – as galináceas não falavam o meu idioma – foi imediata: “As galinhas estão exigindo que contratemos equipes de limpeza, segundo a presidenta do sindicato, uma carijó bem afeiçoada e enérgica, elas alegam se sentirem humilhadas e ultrajadas quando alguém afirma estar determinados ambientes mais sujos que pau de galinheiro – referindo-se ao poleiro.” Enquanto os criadores falavam eu analisava e, no final de minha análise, concluí estarem elas cobertas de razão; então me lembrei da capivara que mexeu com toda a nação, tanta foi a repercussão que envolveu autarquias e ministérios. Coisas que só acontecem em Nárnia.
Em tempo: Preciso explicar aos neologistas que CAPIVARIANDO é o mesmo que SALTITANDO… Me inspirei na forma de andar de um senador narniano.
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