Alegre vejo dobrar na esquina e vindo em minha direção o tão aguardado guarda-roupa, bem lotado por sinal; a confusão era generalizada… Pendurados no cabide ou dentro das gavetas – primeira classe nesse caso – iam alegres turistas de tribos outras e tristes narnianos lamentando o que houvera ficado para trás; última chance para fugir de Nárnia, para as situações futuras ninguém quis se arriscar e mesmo se aventurar, nem eu, insignificante e desconhecido escritor na “fila do pão”, resolvi mesmo foi puxar o bonde antes do Dandão me achar. Boatos correm e, chegou aos ouvidos do “morcego irado” eu ter dito que a “justiça obesa” usa uma cadeira reforçada onde esparrama algumas dezenas de suas arrobas enquanto assina despachos e sentenças; Dandão, o “morcego irado”, com certeza ficou muito bravo por eu ter dirigido tão elogiosas palavras ao seu superior hierárquico.
Estou indo embora de Nárnia por, também, ter dito que o Magnífico e seus quarenta – calma – eu quis dizer quarenta ministros. (qualquer semelhança não é mera coincidência) tem tido ações preocupantes que poderão levar Nárnia à ruína; preciso ir, respirar novos ares, tomar novos rumos e reorganizar minha mente, estava ficando confuso meus já idosos neurônios; chegaram a me boicotar e, até mesmo uma greve, pensaram realizar… Devagarinho vou partindo, dos meus leitores me despedindo, lhes garanto que em meus escritos quis ser sério, até mesmo um tanto carrancudo – o que não corresponde ao meu perfil.
Sou grato pela paciência e pelo prestígio em lerem meus irônicos relatos políticos, aos diretores e editores do Diário, sou grato pela confiança e convite que me foi feito… Até mais ver! “E… Chega de Prosa!”
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