A prefeita do município de Gurupi, Josi Nunes (PSL), apresentou nesta segunda-feira, 19, um balanço dos 100 primeiros dias do mandato e as metas da gestão para o exercício de 2021. A prestação de contas foi feita por pasta, em coletiva de imprensa realizada hoje através do facebook da gestão. Um dos pontos abordados pela social liberal foi a situação financeira do município.
A gestora adiantou ainda em apresentação da live de 100 dias que o Orçamento de 2021 precisará ser readequado. Segundo a gestora, os valores da peça fecham “no total”, mas não quando realizado por área. “Quando nós assumimos, a parte nossa da contabilidade estranhou a forma de elaboração. Receita e despesa não eram feitas por fonte”, disse. Secretário de Finanças, Salustriano Lucas complementou. “Verificamos que havia um desencontro de números. Existiam programas que a despesa era X e receita era Y. Este número não se fecha”, comentou. A correção será enviada à Câmara de Gurupi ainda nesta semana e foi recomendada pelo Tribunal de Contas (TCE).
A prefeita também apresentou dados das dívidas do município, que chegam a R$ 179.994.862,36. Deste total, R$ 90.685.166,40 [50,39%] é referente ao Instituto de Previdência Social do Município de Gurupi (GurupiPrev). A prefeitura também tem débito de R$ 38.262.283,40 [21,2%] de financiamentos para obras e outros R$ 38.964.789,70 [21,6%] com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e afins. Ainda há R$ 11.479.371,36 em precatórios e R$ 602.251,52 de fundo de garantia (FGTS).
Josi Nunes admitiu sem informar o percentual que a prefeitura estaria próxima do teto de gastos com pessoal permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e apresentou medidas para garantir o equilíbrio. “Estamos lutando para desvincular as contas da Unirg (Universidade de Gurupi) do município. Com esta vinculação, acabamos tendo o limite de pessoal no topo. No limite”, revela a prefeita, que cita estar fazendo um trabalho de economia justamente para garantir o cumprimento do dispositivo. Os planos de carreira também estão em discussão para fazer uma “reavaliação compatível com a situação financeira”.
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