O depoimento do secretário de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), Heber Fidelis, ocorreu no dia 23 do último mês e trouxe à tona fatos que comprometem Mauro Carlesse, Governador do Tocantins afastado em outubro e o atual Governador interino, Wanderlei Barbosa.
O ato teve objetivo de colaborar com as investigações em curso que envolvem ao todo 15 pessoas acusadas pela PGR de participação no esquema de falsidade ideológica; embaraço à investigação; lavagem de dinheiro e a utilização das forças públicas para questões pessoais.
Segundo o termo de depoimento, Fidelis em detalhes, mencionou um encontro com o deputado federal Carlos Gaguim (DEM).
“Semana passada, o deputado federal Gaguim encontrou o depoente e pediu para que o novo governo não insistisse em abrir novas investigações em desfavor de MAURO CARLESSE”, diz trecho do depoimento.
A insistência de novas investigações acabariam comprometendo o nome do governador interino, Wanderlei Barbosa e o relacionando com recebimentos de propinas relativas ao contrato de aquisição de cestas básicas da Secretaria de Assistência Social. Fidelis afirma que no exato momento em que o dialogava com Wanderlei sobre o assunto, o mesmo resolveu entrar em contato com Gaguim e em uma conversa áspera, afirmou não ceder a ameaças e não ter medo de Carlesse.
O documento ainda cita a existência de um grupo Executivo formado por cinco secretarias (Fazenda, Planejamento, Casa Civil, Infraestrutura e Secretaria de Parcerias e Investimentos) que centralizava os pagamentos feitos pelo Estado, controlado por Claudinei Quaresemin.
O curso do depoimento chegou a mencionar a operação de combate a corrupção no Estado, dando destaque ao incômodo que os deputados Olyntho Neto e Ricardo Ayres sentiram durante a operação.
“Olyntho Neto e Ricardo Ayres pressionavam muito o governador mauro carlesse e claudinei quaresemin a
retirarem os delegados da DECCOR/DRACMA; QUE todas as decisões tomadas pelo Governo do estado em desfavor dos delegados de polícia que combatiam a corrupção eram incentivadas pelos deputados”, afirma Fidelis em depoimento.
Notas
Em direito de fala, a assessoria de imprensa do ex-secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Claudinei Quaresemin, rebateu o depoimento do secretário de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), Heber Fidelis.
Nota na íntegra – Claudinei Quaresemin
O ex-secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Claudinei Quaresemin, nega totalmente as acusações inverídicas do secretário Héber Fidelis, em depoimento à Polícia Federal, no último dia 23 de novembro. Quaresemin também afirma desconhecer os atos ilegais confessados por Fidélis à Polícia Federal, no exercício do cargo de Secretário de Cidadania e Justiça. E destaca que Fidélis é um dos poucos secretários do governo Carlesse a permanecer no cargo.
Novamente é utilizada a estratégia de vazamento criminoso, de parte de um processo que corre sob sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para difundir uma narrativa que visa denegrir a imagem do governador Mauro Carlesse e de ex-integrantes do governo legitimamente eleito pela população.
Os advogados de Claudinei Quaresemin tomarão as providências cabíveis em relação à iniciativa de Fidélis, em decorrência das falsas acusações.
Nota na íntegra – Olyntho Neto
O deputado Olyntho reafirma que todas as suas posições e ações são pautadas nas atribuições de seu cargo e na busca de melhorias para o Estado e o povo do Tocantins.
Ressalta ainda que, não pode responder por afirmações levianas de um Secretário de Estado com o qual nunca tratou sobre o assunto que se manifesta, sem provas, em depoimento no qual se declara praticante de inúmeros ilícitos e atividades suspeitas, atribuindo a terceiros responsabilidades que são suas na gestão de sua Secretaria.
O DT entrou em contato com o Governador do Estado, Mauro Carlesse e o deputado Ricardo Ayres, mas até o fechamento da matéria não obteve respostas.
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