O derrocamento do Pedral do Lourenço no Rio Tocantins deve começar neste ano de 2021. A previsão inicial era que o empreendimento iniciasse no ano passado, porém, houve demoras com a emissão do licenciamento prévio (EIA/RIMA) que já saiu. Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), informou ao Diário Tocantinense que começou a ser feito a elaboração de um Plano Nacional de Logística – PNL 2035, por meio da Empresa de Planejamento e Logística – EPL, que avaliará de maneira ampla os potenciais logísticos de diversas alternativas de transporte, dentre elas os rios navegáveis brasileiros. O derrocamento será executado pelo consórcio DTA O?Martins e o valor do contrato é de R$ 656 milhões e o trecho tocantinense será beneficiado com as intervenções e obras para concretização da hidrovia.
Segundo o DNIT, a análise multicritério é uma ferramenta que permite a tomada de decisão sobre a melhor opção do canal a ser escavado no trecho dos pedrais, por meio da quantificação e valoração das diferentes variáveis que interferem nessa escolha. Além disso, também é levada em consideração a necessidade ou não de desmembramento de comboio, limite de potência dos empurradores e a posição do traçado geométrico em relação às correntes predominantes do rio. O PNL 2035 servirá como orientação estratégica, para a elaboração do Plano Setorial Hidroviário – PSH, instrumento de nível tático que buscará indicar as intervenções e obras no setor. Assim, o PSH irá indicar as intervenções prioritárias nas diversas hidrovias, inclusive o Tocantins está no escopo.
O Pedral do Lourenço tem 35 quilômetros de extensão e está localizado entre as Ilhas do Bogéa e o Município de Itupiranga no estado do Pará. O derrocamento será uma obra essencial para aumentar a capacidade de navegação no Rio Tocantins, e consiste no desmonte de rochas que ficam próximas à represa de Tucuruí.
A proposta do inicial do projeto é aumentar a disponibilidade de navegação da Hidrovia Tocantins viabilizando o tráfego de embarcações. A ideia é que a capacidade navegável passe de 18% do ano, em média, para um valor em torno de 96%, considerando apenas a variável ?profundidade? na região dos pedrais.
Conforme ainda o órgão a variável ?velocidade da correnteza?, a depender do traçado do canal, este número deve variar entre pelo menos 30% para um comboio padrão (32 metros de largura por 200 metros de comprimento) e 100% para um comboio parcialmente desmembrado no trecho. Para melhorar a navegação, o DNIT ainda prevê a dragagem no trecho a jusante de Tucuruí e jusante de Marabá a ser executa após a conclusão do derrocamento.
O início das operações da obra na eclusa da Usina de Tucuruí dará maior extensão da navegação, e o derrocamento do Pedral do Lourenço possibilitará a navegação também durante os períodos de seca.
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