Jornalistas elegem com 97,16% dos votos, chapa "Unidade na Luta" para direção da FENAJ

Desde terça-feira, 26, jornalistas de todo Brasil participam das eleições diretas para a escolha da nova diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e de novos integrantes da Comissão Nacional de Ética (CNE). A votação, que foi totalmente eletrônica e foi concluída nesta quinta-feira, 28.

A única chapa na disputa para a direção da FENAJ é encabeçada pela jornalista Samira de Castro, do Ceará. Intitulada como “Unidade na luta – Em defesa do Jornalismo, dos Jornalistas e da Democracia”, a chapa venceu com 97,16% dos votos válidos. 

Para a Comissão Nacional de Ética as candidaturas são individuais e seis jornalistas se inscreveram para o pleito. Foram eleitos cinco titulares, pela ordem de votação, e o(a) candidato(a) menos votado(a) ficou na suplência. Vera, Dayse Barcellos, Beth Costa, Suzana Tatagiba, Franklin Valverde e Osnaldo Moraes foram os eleitos. Já Antônio Paulo Santos será suplente da CNE. Cada votante poderia votar em até cinco membros entre os seis candidatos.

À Federação Castro, eleita presidenta da FENAJ, afirmou que o processo eleitoral foi desafiador, uma vez que a entidade tem 74 anos e esta foi a primeira eleição, que tem caráter nacional e conta com 31 sindicatos filiados, realizada totalmente online e eletronicamente. “Trata-se de uma eleição nacional, com 31 sindicatos filiados, em que a categoria elege diretamente seus representantes, então, essa experiência se mostrou desafiadora porque os nossos sindicatos têm portes diferentes e, muitas vezes, a estrutura local acabou prejudicando a captação de votos de maneira online por falta de atualização do cadastro dos associados. Mas esse é um desafio para o qual precisamos nos preparar para garantir, nas próximas eleições, uma participação ainda maior da categoria, independentemente do porte do sindicato”, disse.

Entre os desafios da gestão 2022-2025, a nova presidente destacou a importância em trazer as lutas comuns, que têm acontecido de maneira estadual, para o plano nacional. “Nós temos grandes mobilizações que deram certo no Rio de Janeiro, no estado de São Paulo, estamos tendo mobilizações em Santa Catarina e em Belém do Pará, então a gente precisa transformar essa inquietação de base estadual em um grande movimento organizado por valorização do jornalista”, ressaltou.

Além da valorização da categoria jornalística, a presidenta eleita pontuou ainda outras lutas que devem fazer parte da atuação da Federação, como a importância em atualizar a regulamentação profissional, que é de 1979 (e faz-se necessário incluir as novas funções desempenhadas com o advento das novas tecnologias); o estabelecimento do piso nacional de jornalista, que é uma reivindicação histórica da entidade; a criação do Conselho Federal de Jornalistas; a aprovação da PEC do Diploma, bem como a taxação das plataformas digitais e a criação do Fundo de Apoio ao Fomento do Jornalismo.

“Essas lutas, inclusive, serão levadas ao próximo presidente da República para que a gente tenha um ambiente de anuência do Congresso Nacional para aprovar essas pautas em prol da categoria”, concluiu.

 

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