A reunião deu início nesta terça-feira, 05 e vai até quarta-feira, 06, com lideranças indígenas de todo o estado. A reunião busca avaliar as ações de educação política do Programa de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas da Justiça Eleitoral do Tocantins. A abertura do encontro ocorreu nesta manhã, no auditório do TRE-TO. Cerca de 45 indígenas estiveram presentes, representando 24 comunidades do estado.
Segundo o TRE-TO, a reunião com os povos ressalta a importância dos valores da diversidade e da inclusão para o fortalecimento da democracia. “Pude ver pessoalmente a alegria e receptividade em cada povo visitado. Agora é com essa mesma alegria e hospitalidade que recebemos cada um de vocês aqui na sede da Justiça Eleitoral do Tocantins para juntos realizarmos este evento multicultural e interdisciplinar, que certamente resultará no aprimoramento das ações dirigidas aos indígenas”, destacou o presidente do TRE-TO, desembargador Helvécio de Brito Maia Neto.
Criado em 2017, o programa tornou-se uma ação permanente da Justiça Eleitoral e registra bons resultados em relação à participação dos indígenas nas urnas. Em 2020, 92% desses eleitores fizeram questão de votar.
Da Ilha do Bananal, o Cacique da comunidade Watau, Iwraru Karajá, participou do evento e frisou a importância das ações de educação da Justiça Eleitoral. “Agradeço à Deus, ao doutor Wellington e à equipe da Justiça Eleitoral que vão sempre à nossa ilha, enfrentam lama, para levar conhecimento para a comunidade. E o resultado está saindo, estamos vendo a importância da valorização dos votos indígenas. Na nossa aldeia, o “branco” ainda entrar com o dinheiro e pega todas as lideranças e acabamos ficando sem apoio no final da história, mas o TRE está lutando e nos explicando sobre o assunto, então um evento como esse é muito importante, quero levar o resultado dessa reunião para a nossa comunidade”, disse.
Palestra
Ainda durante a solenidade de abertura, o líder indígena Benki Piyãko Ashaninka, do Acre, fez palestra sobre a participação política do indígena e o futuro da humanidade. “Hoje é momento de união de indígenas e não indígenas para que a gente possa colocar mais lideranças articuladas dentro do Congresso do nosso país. Com cada um fazendo a sua parte nós poderemos estar juntos em qualquer lugar do nosso país. Vamos trabalhar para o bem comum da humanidade e do nosso país e mostrar a nossa capacidade como ativista daquilo que a gente pensa em construir para o futuro do nosso povo”, incentivou.
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