Em novembro, a pesquisa que mede o Endividamento e Inadimplência dos Consumidores de Palmas (PEIC) demostrou um leve crescimento no número de endividados. Cerca de 70% dos entrevistados disseram que estão endividados, crescimento de 1% se comparado a outubro. Já o porcentual dos que estão com dívidas em atraso aumentou 0,8%, porém o total de 15% não havia sido registrado desde 2017. Já os que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas vem aumentando desde maio, ficando no período em 1,3% do total de endividados.
O presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, acredita que este cenário deve acender um alerta tanto nos consumidores quanto nos empresários. “Deve haver um equilíbrio dessas dívidas para que a renda familiar não seja prejudicada. Nós estamos atravessando um período turbulento, principalmente entre as famílias de baixa renda, por isso, é importante estar alerta, já que mesmo com auxílios do governo e incentivos as famílias estão atrasando o pagamento de suas dívidas. Ou seja, o empresário também deve estar alerta sobre as formas de pagamento e seu estoque”, ressaltou
O cartão de crédito continua como líder no ranking do tipo de dívidas, seguido pelos carnês e financiamento de carro.
Ao contrário de Palmas, segundo a CNC, o número de brasileiros com dívidas caiu pela terceira vez consecutiva em novembro e retornou ao nível registrado em fevereiro, antes da pandemia do novo coronavírus. A pesquisa, a nível nacional, apresentou retração de 0,5 ponto percentual com relação a outubro, e apontou que 66% dos consumidores estão endividados. No comparativo anual, contudo, o indicador registrou aumento de 0,9 ponto percentual.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que indicadores recentes têm mostrado que a recuperação da economia está mais robusta do que as estimativas indicavam, resultando, inclusive, em pressões inflacionárias por oferta e demanda. “Deve-se considerar, porém, que a proporção de consumidores endividados no País é elevada e grande parte do crédito dispensado durante a pandemia foi concedido com carência nos pagamentos”, alerta Tadros, reforçando a necessidade de seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos e possibilitar o alongamento de prazos de pagamento das dívidas para mitigar o risco da inadimplência no sistema financeiro.
A PEIC é realizada mensalmente pela Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins. A pesquisa completa pode ser acessada no site: www.fecomercioto.com.br. (Assessoria de imprensa)
Relacionado
Link para compartilhar: