Papa Francisco: "A criminalização da homossexualidade é um problema que não pode ser ignorado"

“Todo o mundo está em guerra, em autodestruição, vamos parar!”, disse o Papa Francisco, em resposta à pergunta de um repórter a bordo do avião que voltava de uma viagem a dois países da África, neste domingo, 05. 

Na ocasião, a autoridade religiosa reiterou que as leis que criminalizam as pessoas LGBT são um pecado e uma injustiça porque Deus ama e acompanha as pessoas com atração pelo mesmo sexo.

“A criminalização da homossexualidade é um problema que não pode ser ignorado”, disse Francisco, que então citou estatísticas não identificadas segundo as quais 50 países criminalizam pessoas LGBT “de uma forma ou de outra” e cerca de 10 outros têm leis que incluem a pena de morte para eles”, afirmou.

Leia na íntegra a resposta do Papa:

"A criminalização da homossexualidade é um problema que não deve ser permitido passar. O cálculo é que, mais ou menos, cinquenta países, de uma forma ou de outra, levam a esta criminalização – eles me dizem mais, mas digamos que pelo menos cinquenta – e até mesmo alguns destes – eu acho que são dez, têm a pena de morte (para os homossexuais, ndr.) – isto não está certo, pessoas com tendências homossexuais são filhos de Deus, Deus os ama, Deus os acompanha. É verdade que alguns estão neste estado devido a várias situações indesejáveis, mas condenar tal pessoa é um pecado, criminalizar pessoas com tendências homossexuais é uma injustiça. Não estou falando de grupos, mas de pessoas. Alguns dizem: eles fazem grupos que fazem barulho, estou falando das pessoas, lobbies são outra coisa, estou falando das pessoas. E eu acho que o Catecismo da Igreja Católica diz: eles não devem ser marginalizados. Acho que a questão sobre este ponto seja clara."

 

Na ocasião a autoridade religiosa também mencionou a morte do Papa emérito Bento XVI, cujo falecimento, ocorrido em 31 de dezembro, foi acompanhado por reconstruções polêmicas que o colocaram contra o predecessor: “A sua morte foi instrumentalizada” por pessoas “de partido e não de Igreja”. O Papa explicou ainda que Bento XVI, consultado por ele várias vezes nesses anos, “não estava amargurado por aquilo que fiz”. No início, Francisco reiterou que se tratou de “uma viagem ecumênica” e, por isto, “quis na coletiva de imprensa que estivessem também o arcebispo de Cantuária, Justin Welby, e do moderador da assembleia geral da Igreja da Escócia, Ian Greenshields.

 

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