Na manhã desta quarta-feira, 23, a Polícia Federal deflagrou a “Operação Quebra-Galho”, a fim de desarticular uma quadrilha responsável por desmatamentos na Terra Indígena Xerente, localizada em Tocantínia, região central do Estado.
Segundo a PF, as investigações revelaram que vem ocorrendo, de forma sistemática, desmatamentos nas aldeias indígenas da etnia Xerente há vários anos. Indígenas e não-indígenas casados com indígenas estão praticando o desmatamento e a venda ilegal de madeira para comerciantes e atravessadores de cidades próximas às aldeias.
Durante as investigações foram identificados 16 (dezesseis) suspeitos de terem participação ativa nos desmatamentos e comércio da madeira retirada ilegalmente.
“Os atravessadores por sua vez, compram a madeira derrubada e fornecem insumos aos índios, como motosserras, gasolina, transporte e demais materiais necessários para a extração ilegal do vegetal”, afirmou a PF por meio da assessoria.
Com o cumprimento das medidas pretende-se identificar todas as pessoas que tem envolvimento com os crimes ambientais ocorridos, bem como os compradores finais da madeira (receptadores).
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público, associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a 10 (dez) anos de reclusão.
O nome da operação, “Quebra-Galho” foi usado pela prática ser semelhante ao recurso a que se recorre para resolver problemas ou dificuldades. É uma alusão ao nome do local onde ocorreu grande parte do desmatamento objeto de investigação deste IPL, ou seja, no entorno do córrego Galho Grande, na mata Jenipapo ? TI Xerente, em Tocantínia.
A Operação contou com o apoio da Polícia Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas-CIOPAER/TO e da Fundação Nacional do Índio ? FUNAI. Ao todo, 52 (cinquenta e dois) Policiais Federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas, nos municípios de Tocantínia, Rio Sono e em Pedro Afonso.
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