Prefeitos de Cristalândia e Peixe são afastados do cargo em operação da Polícia Federal contra fraude em contratos de transporte público

Agentes da Policia Federal cumpriram na manhã desta quarta-feira,05, mandados de busca e apreensão e pedido de afastamento de dois prefeitos no Tocantins. A operação tem o objetivo desarticular uma associação criminosa integrada por agentes públicos suspeitos de fraudas licitações. Os contratos feitos pela organização criminosa passam de R$ 13 milhões.

Conforme apurado pelo DT os prefeitos afastados são o de Peixe, José Augusto Bezerra Lopes (DEM), e o de Cristalândia, Cleiton Cantúario Batatinha (PSB). As investigações apuram um possível favorecimento do empresário em pregões dos municípios de Cristalândia/TO e Peixe/TO para contratação de transporte escolar e a realização de depósitos e transferências de valores a agentes públicos dos municípios, no mesmo período em que ocorreram as contratações.

O Diário Tocantinense tenta contato com a defesa dos acusados.

A operação denominada “Direct” também prendeu empresário de Aliança do Tocantins, suspeito de ter aberto uma empresa de fachada para favorecer o núcleo criminoso. A PF ainda não conseguiu efetuar a prisão do denunciado, que está sendo procurado. O empresário não tinha funcionários e estava atendendo apenas para a realização das fraudes.

Segundo a Policia Federal 40 Policiais Federais cumprem 01 mandado de prisão preventiva e 9 mandados de busca e apreensão nas cidades tocantinenses de Aliança do Tocantins, Peixe e Cristalândia/TO. Também foram entregues 03 ofícios judiciais, destinados à Câmara de Vereadores e à Prefeitura dos municípios, que determinam a suspensão cautelar do exercício da função pública de agentes públicos.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas públicas, corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. O nome da Operação faz referência à relação “direta” e pessoal existente entre o empresário e os agentes públicos, com a existência de favorecimentos entre as partes.

A ação tem como objetivo coibir a continuidade das supostas ações criminosas e colher elementos probatórios para a conclusão do inquérito policial e instrução de futura ação penal em face dos envolvidos.

 

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