A retomada do setor automotivo está próxima da normalidade. Isso porque o mês de setembro trouxe mais resultados positivos para a indústria automotiva, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em coletiva na última semana. Apesar do período eleitoral e da instabilidade política, este mês foi o oitavo mês consecutivo de crescimento no número de emplacamentos, que ultrapassou a média diária de vendas de 9,2 mil veículos.
Comparado ao mesmo período do ano passado, a média por dia foi de 7,4 mil automóveis emplacados. Setembro também foi o quinto mês seguido em que o resultado de emplacamentos é superior à média diária de 2021, de 8,4 mil veículos.
“Pudemos analisar, com base no mercado de setembro, uma ligeira queda nos preços referente a agosto. Então a percepção do consumidor de segurar as eleições, pudemos ver que na prática não aconteceu. Os números vieram maiores aos do ano passado, e um forte crescimento frente a setembro também do ano passado, quando a cadeia automotiva passava por um período crítico”, esclarece o empresário Pedro Márcio, proprietário da Disbrava Veículos.
A situação de fornecimento de semicondutores há pouco tempo atrás ainda enfrentava percalços. Isso porque, além da crise econômica que foi ocasionada pela paralisação dos serviços, por conta da Covid-19, o fornecimento também foi impactado pela crise Ucrânia-Rússia. Mas de acordo com o Márcio, o mercado vem ganhando fôlego. “O mercado, com os novos clientes que não vinham comprando, por falta de carro, agora já podem ver a normalidade dos estoques. Então as vendas deram andamentos.”
Dados
Na soma dos meses de julho, agosto e setembro, a produção de veículos foi de 665 mil unidades, 11,6% a mais que no trimestre anterior. Com relação ao mês de agosto, foram produzidos 207,8 mil automóveis (12,7% menor em função dos feriados).
Já os emplacamentos recuaram 7% (totalizando 194 mil) e as exportações de 28,5 mil caíram 39%. No acumulado do ano, houve aumento de 6,3% na produção e 31,2% nas exportações. Mas os emplacamentos tiveram um recuo de 4,7%. O segmento com recuperação mais consistente é o de ônibus, com alta acumulada no ano de 63,6% na produção, 8,8% nos licenciamentos e 39% nos embarques para outros países.
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