Segundo a Polícia Federal do Tocantins, o grupo é suspeito de fazer fretes para transportar grandes remessas de cocaína para a América Central em aeronaves compradas e adaptadas no Brasil. A operação “Tuup” cumpre 28 mandados, sendo seis mandados de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de sequestro de bem imóvel. As prisões são no Tocantins e em mais sete estados: Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Pará, Amapá, Santa Catarina e Ceará.
Nesta manhã, 31, a PF foi até o imóvel em Palmas que seria de um dos suspeitos de chefiar a quadrilha, Cleanto Carlos de Oliveira, mas não o encontrou. Cleanto Carlos apesar de ser considerado foragido, por meio de sua defesa afirmou ser inocente e que ainda está tomando conhecimento das investigações. No início de 2021 foi preso pela Polícia Civil de Goiás e liberado em seguida.
As investigações apontam que os aviões adquiridos pelo grupo criminoso eram registrados em nome de pessoas que não tinham condições financeiras de comprá-los e que não possuíam relação com a atividade aeronauta, sendo utilizados como laranjas pelos criminosos.
As aeronaves eram modificadas em um aeródromo privado no município de Nova Ubiratã (MT) e preparados para transportar cargas de 400 a 800 kg de cocaína para outros países. O dono do espaço também é investigado pelo consentimento do uso da propriedade e por ter auxiliado a quadrilha em três ações criminosas. Após a logística, segundo a polícia, os aviões eram queimados.
De acordo com a PF, as aeronaves realizavam operações de voos irregulares e continham planos de voos fraudulentos.
O nome da operação faz referência a “Tuup” palavra de origem Maia que indica a ação de colocar ou atear fogo, conduta adotada pelo grupo investigado para eliminar possíveis provas deixados nas aeronaves utilizadas nos transportes dos entorpecentes.
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