Receita Federal e PF desarticulam grupo suspeito de lavagem de dinheiro e desvio de recursos no TO, MS e GO; montante ultrapassa milhões

A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal deflagraram nesta sexta-feira, 14, a operação CONEXÃO CORUMBÁ, com o objetivo de desarticular organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e desvio de recursos públicos.

As investigações tiveram início com a apreensão, realizada pela Inspetoria da Receita Federal de Corumbá, de grande quantidade de moeda em espécie na posse de dois irmãos e da companheira de um deles, quando tentavam passar pela fronteira do Brasil (Corumbá) com a Bolívia.

Segundo a Receita Federal, em decorrência das apreensões e de trabalhos investigativos continuados, levantou-se a informação de que os envolvidos recebiam quantias em espécie de não residentes em Corumbá/MS e, posteriormente, remetiam irregularmente à Bolívia por meio do trânsito de pessoas ou de remessas fracionadas a bancos estrangeiros.

“Embora a finalidade declarada para o envio de recursos fosse diversa, os indícios evidenciaram a prática de evasão de divisas e lavagem de dinheiro proveniente de crimes conexos, tais como, tráfico internacional de drogas e desvio de recursos públicos. Dentre as transações identificadas, recaíram suspeitas de que relevante beneficiário dos ilícitos cometidos seja importante empresário do Tocantins.”

O grupo investigado está espelhados no Tocantins, em Corumbá/MS e no estado de Goiás. Levando-se em consideração as movimentações bancárias suspeitas, os valores remetidos ilegalmente ao exterior devem ultrapassar as dezenas de milhões de Reais.

Estão sendo cumpridos, desde as primeiras horas da manhã de hoje, 5 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de sequestro e decretação de indisponibilidade de bens de investigados. Participam das ações 06 auditores-fiscais e 04 analistas-tributários da Receita Federal e mais de 60 policiais federais. As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de Corumbá(MS), Goiânia (GO) e Palmas (TO).

O nome da operação faz referência ao fato de as investigações iniciais ocorreram na cidade de Corumbá, cidade fronteiriça com a Bolívia, local de onde são remetidos ao exterior recursos ilícitos oriundos de todo o país.

 

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