TO registra mais de 7 mil casos de violência contra mulheres em 6 meses; dados servem de alerta no mês de ações alusivas ao Agosto Lilás

A violência contra as mulheres é um problema social grave no Tocantins. Isso porque, de acordo com dados estatísticos da Segurança Pública do Estado,  casos de violência doméstica, agressões físicas, assédio sexual, estupro e feminicídio são frequentes, situação que precisa ser revertida com a máxima urgência. 

De janeiro a julho deste ano, os dados da SSP revelam que 7.752 casos, de algum tipo de violência contra a mulher, foram registrados no Tocantins, sendo Palmas, Araguaína e Porto Nacional as cidades com maiores índices de violência no estado.

Os números ainda mostram que os principais crimes praticados contra mulheres são de ameaça, com 2.516 ocorrências, e lesão corporal, com 1.353 casos registrados, e têm como principais vítimas mulheres que têm entre 21 e 37 anos de idade.

Agosto Lilás

Em virtude disso, o mês de Agosto foi escolhido, em todo o país, para a “Campanha Agosto Lilás”. A o mês serve para órgãos e autoridades estaduais fazerem um alerta para a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher. 

Neste mês, o Ministério da Justiça e SIOP/SSP/TO, em parceria com a Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar, reforça, por meio da “Operação Shamar” a rede de proteção e prevenção que trabalha durante todo o ano para combater este tipo de crime.

Serão promovidos reforços de efetivo às Delegacias da Mulher e/ou envio de equipes das DEAMs para atuar em outras localidades, no sentido de promover um atendimento mais célere e especializado; será contabilizado o volume de procedimentos instaurados e concluídos, bem como prisões em flagrantes, pedidos de medidas protetivas e outros indicadores da violência doméstica contra a mulher no Estado.

Campanhas pelo Tocantins

Dando início a campanha às atividades da campanha Agosto Lilás no Tocantins, a equipe da 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (3ª DEAM – Araguaína) realizou na manhã desta terça-feira, 1º, um café da manhã especial para as mulheres. 

Ao longo do mês serão realizadas outras atividades com o objetivo de conscientizar a população para o problema, além de divulgar os serviços disponíveis para o atendimento à mulher em situação de violência, bem como os muitos mecanismos de denúncias. O cronograma de ações prevê palestras, panfletagem e caminhada, também ocorrerá a Operação Shamar, mobilizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que visa reforçar as investigações de crimes de violência doméstica e feminicídio.

A delegada titular da 3ª DEAM, Sarah Lilian de Souza, reforça que essas ações são importantes para que as pessoas compreendam a gravidade do tema, além de se informarem quanto aos diversos tipos de violência que as mulheres podem sofrer. “Nós intensificamos essas ações agora por conta da campanha Agosto Lilás, mas o nosso trabalho é contínuo, até porque os números de violência contra a mulher são altos no Estado. Precisamos falar mais sobre esse assunto para sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o fim da violência contra a mulher”, finalizou.

Violência contra a Mulher é crime – denuncie!

180

As mulheres vítimas de violência doméstica e familiar têm um canal de denúncia por telefone. O 180 é a Central de Atendimento à Mulher, o canal também disponibiliza escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

CRAS e CREAS

As mulheres vítimas de violência doméstica e familiar também podem buscar os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Nestes locais, as vítimas também receberão o suporte necessário e terão os devidos encaminhamentos.

Lei Maria da Penha

A campanha Agosto Lilás é nacional e este ano marca os 17 anos da Lei Maria da Penha, uma lei federal brasileira, cujo objetivo principal é estipular punição adequada e coibir atos de violência doméstica contra a mulher.

 

 

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