A manifestação teve início na tarde de ontem e segue nesta quinta-feira, 12, ao todo são 200 indígenas da etnia Apinajé que ocuparam a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Tocantinópolis, no norte do Tocantins. A ação faz parte de uma série de protestos feitos pela comunidade, que pede melhores condições de saúde. As famílias de uma aldeia disseram que enfrentam um surto de tuberculose.
Com faixas e cartazes, o grupo reivindica que os órgãos se atente para as demandas indígenas como: Reforma do posto da Aldeia Mariazinha; Construção de posto de saúde da Aldeia Girassol; Construção de posto de saúde na Aldeia Prata; Reabastecimento de medicamentos; Contratação de profissionais de saúde; Transporte 24h para atendimento de emergências e Melhoria das estradas de acesso às aldeias para viabilizar o transporte.
De acordo com o presidente da Associação União das aldeias Apinajé – Pempxà e colaborador do Instituto Indígena do Tocantins (INDTINS), Emílio Dias Apinajé, os indígenas só sairão depois que conversarem com Sebastião De Gois Barros, o coordenado do Distrito Indígena de Saúde do Tocantins (DSEI-TO). “Nós do Povo Apinajé não vamos sair, nós queremos a presença dele aqui, nós queremos conversar com ele”, garante Emílio Dias.
INDTINS
Formado apenas por membros indígenas, o Instituto tem como objetivo apoiar, incentivar e executar atividades e projetos que visem promover a cidadania, o desenvolvimento sustentável, a defesa dos direitos dos Povos Indígenas e das comunidades tradicionais do Tocantins.
Além de apoiar a manifestação do Povo Apinajé, só este ano, o INDTINS coordenou uma campanha de arrecadação de alimentos para o Povo Akwé (Xerente) atingido pelas enchentes causadas pela cheia do rio Tocantins. Assim como denunciou a extração ilegal de madeira na terra Xerente e mediou o encontro das etnias Karajá e Javaé com a empresa BIOFIX que proporciona assessoria na certificação e venda de créditos de carbono.
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