Zé Roberto sugere mais critério em investimentos do Igeprev para assegurar aposentadoria do servidor

O rombo de pelo menos R$ 1 bilhão no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) foi um dos temas de debate na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) nesta terça-feira, 2, e o deputado Zé Roberto Lula (PT) lembrou que os desvios seguiram uma crescente, até chegar ao montante bilionário desviado e para o deputado é preciso ter responsabilidade, daqui para frente, na gestão do Instituto e observar com cautela a forma como os recursos dos servidores vão ser investidos.

Com a presença do presidente do Igeprev, Sharlles Bezerra, o tema central foi a reformulação dos Conselhos de Administração e Fiscal para seis membros. Hoje a composição é de 14 membros. “Esse número era de sete e aumentou no governo Marcelo Miranda, que foi também quando começaram os desvios”, destacou Zé Roberto.

A Medida Provisória (MP) n° 6, do Executivo altera a Lei nº 1.940/2008 e para o parlamentar “está medida provisória deve ser encarada com mais precisão do que aconteceu até hoje, pois o grande problema, ao meu entender, do IGEPREV é o processo de investimento”.

O esquema de desvios no Igeprev se deu pelo investimento em Fundos de Pensão, que tinham objetivo de rentabilizar os recursos da aposentadoria dos servidores públicos, mas na prática, muitos foram usados para desvio de dinheiro público. “Participei da CPI do Igeprev aqui na Casa e vimos que não tinha como recuperar o dinheiro desviado. O Igeprev deu a procuração para 'fulano' que ninguém sabe quem é, que fazia o investimento lá na bolsa, aí este indivíduo ia, lá na bolsa, e comprava ação por R$ 100, três, seis meses depois a vendia por R$ 10, os R$ 100 reais que foram colocados? Sumiram? Alguém recebeu esses R$ 90 e aí que deu R$ 1 bi de desfalque, foi assim que aconteceu”, explicou Zé Roberto.

Apesar do prejuízo causado de forma orquestrada, na avaliação do deputado, o problema é porque a suposta desvalorização das ações não fere a lei e por isso Zé Roberto propõe uma saída para os investimentos atuais e os futuros. “Todos deveriam ser feitos através de banco público e os R$ 4 bi, que é o dinheiro do Igeprev hoje, deveria ser investido em algo seguro e para garantir isso o que deveríamos estar, verdadeiramente, discutindo aqui não é o número de conselheiros mas quais caminhos que nós, o Igeprev, a Procuradoria e quem entende de mercado na sociedade, sugerem para os investimentos. É necessário assegurar que não vai mais sumir dinheiro do Igeprev”, finalizou o deputado. (Asssessoria de imprensa)

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