Aproximadamente quatro mil pessoas que moram na cidade de Grindavik, na Islândia, tiveram que evacuar o local por risco de erupção vulcânica. A decisão foi tomada pelas autoridades locais depois de uma série de mais de mil terremotos.
Entenda
No último sábado, 11, o Gabinete Meteorológico da Islândia afirmou que existia um risco "considerável" de uma erupção na península de Reykjanes por conta de uma grande intrusão subterrânea de magma que se movimenta rapidamente.
Os especialistas detectaram pelo menos 590 sismos nas últimas horas, todos com uma magnitude inferior a 3 na escala de Richter, conforme noticiou a televisão pública islandesa. O país registrou cerca de 1,4 mil terremotos ao longo da semana, quando foram encontradas evidências de magma se espalhando no subsolo.
“A probabilidade de uma erupção vulcânica ocorrer em um futuro próximo é julgada considerável”, afirmam as autoridades do Gabinete Meteorológico da Islândia em comunicado.
Os residentes da cidade foram instruídos a deixar suas casas em até três horas após o anúncio do diretor da Proteção Civil, Víðir Reynisson, feito às 23h20 de sexta-feira (10/11). Eles deveriam cortar a energia das casas, fechar as janelas e afixar um bilhete em uma porta ou janela voltada para a rua indicando que a casa estava desocupada.
Vulnerabilidade sísmica da Islândia
A Islândia é altamente suscetível a desastres naturais, uma vez que se situa na Cadeia Média do Atlântico – um limite de placa divergente onde a Placa Norte-Americana e a Placa Eurasiática se afastam uma da outra, levando a erupções vulcânicas e terremotos.
A região de Reykjanes assistiu nos últimos anos a várias erupções em áreas despovoadas, mas acredita-se que o atual surto representa um risco imediato para a cidade, disseram as autoridades.
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