A virada do ano traz não apenas a renovação simbólica, mas também a atualização dos preços que impactam diretamente o bolso dos brasileiros. Em um cenário marcado por crises inflacionárias, habitacionais e sociais, além de desafios geopolíticos, a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace) aponta que os altos termômetros e a perspectiva de escassez de chuvas nos próximos meses podem resultar em um aumento significativo nas contas de luz.
De acordo com dados levantados pela Abrace, a expectativa é de um aumento na conta de luz que varia entre 6,58% e 10,41% para o ano de 2024.
O paraense paga a conta mais cara
No topo da lista de consumidores que pagarão mais caro pela energia está o paraense, com um valor médio de R$ 0,96 por quilowatt-hora consumido (valor da tarifa sem impostos). Antes do último reajuste aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o valor era de R$ 0,816. Em contrapartida, a média nacional é de R$ 0,72.
Realidade no Tocantins
No Tocantins, a tarifa é de R$ 0,75 o quilowatt-hora. Em junho deste ano, a ANEEL aprovou uma redução anual de 0,70% para o consumidor residencial, beneficiando cerca de 657 mil unidades consumidoras atendidas pela Energisa Tocantins (ETO).
Para o ano de 2024, projeções conjuntas do Operador Nacional do Sistema (ONS), da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam para um crescimento de 3,5% na carga de energia no Brasil.
Custo residencial da energia no Brasil: o mais elevado do mundo
O Brasil apresenta o maior custo residencial de energia elétrica do mundo em relação à renda per capita, conforme revelado por uma pesquisa da Agência Internacional de Energia, que comparou 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com dados coletados em 2022.
Em meio a esse panorama desafiador, os consumidores brasileiros enfrentam a perspectiva de um ano novo com desafios financeiros e uma conta de luz que pesa cada vez mais no orçamento familiar.
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