Cerca de 5 mil pessoas prestigiam a 20ª edição da Paixão de Cristo, apresentada pela Cia Art'Sacra e Instituo Nativus

Em uma noite marcada por fé, tradição e muita emoção, as escadarias do Palácio Araguaia voltaram a se tornar palco para receber a 20ª edição da Paixão de Cristo, na sexta-feira, 29. O espetáculo que revive a Via Sacra de Cristo até a crucificação e ressureição, apresentado pela Cia Art’Sacra e Instituto Nativus, foi prestigiado por cerca de 5 mil pessoas.

Uma das primeiras a chegar foi a aposentada Maria Antônia Oliveira, de 79 anos, que compareceu com seus familiares quase 2 horas antes da apresentação. “A gente sempre chega cedo porque gostamos de ficar pertinho para não perder nenhum momento. É uma mensagem do amor do Senhor pelo mundo, por cada um de nós. É uma história que sempre emociona e que, sem sombra de dúvidas, jamais será esquecida”, declarou.

A encenação detalhada e comovente dos eventos que culminaram na crucificação de Cristo transportou a plateia para os dias da Antiga Jerusalém, fazendo-os refletir sobre os ensinamentos e sacrifícios do Filho de Deus. Com uma produção meticulosa, cenários imponentes que incluíram o Palácio Araguaia, figurinos detalhados e uma trilha sonora emocionante, o espetáculo encantou os presentes, mantendo viva a essência da mensagem de esperança, amor e redenção que permeia a história de Cristo.

Nem mesmo a chuva que se iniciou, de forma tímida, na hora da crucificação, tirou a atenção do público em cada detalhe. “A chuva pareceu até mesmo efeito especial, bem na hora em que Jesus foi crucificado. Eu me emocionei ainda mais com aquele céu lindo e envolvente”, relatou a professora Maria Carvalho, que prestigiou o espetáculo até o último momento.

Se para o público ver o espetáculo foi emocionante, para os atores e atrizes que participaram o momento teve um sentido ainda maior. Interpretando Jesus Cristo pela primeira vez, o ator Ruan Sousa afirmou ser um dos momentos mais emocionantes da vida. “Eu me dediquei ao máximo para que o público sentisse um pouco da emoção que era para mim estar participando dessa encenação com uma responsabilidade tão grande. Valeu muito a pena”, proferiu o artista.

20 anos

Ao longo das duas décadas de sua existência, a “Paixão de Cristo” não apenas se estabeleceu como um evento cultural imperdível, mas também como um símbolo de fé e união para a comunidade local. Ano após ano, gerações se reúnem para testemunhar e participar desse momento de reflexão e espiritualidade, fortalecendo os laços que os unem como uma família de fé.

O tema deste ano foi Reencontro, trazendo à cena e bastidores pessoas que participaram ainda nas primeiras edições. Um desses atores é Bruno Burati, que participa da encenação desde as primeiras edições. “Eu gosto sempre de dizer que é uma emoção única, é uma emoção de como se você sempre estivesse participando pela primeira vez da encenação, há 18 anos. Comecei quando tinha apenas 13 anos de idade e é uma emoção única estar participando desse Reencontro. Retorno na companhia da minha filha, minha esposa, tornando esse reencontro ainda mais especial”, afirmou o ator.

A abertura do evento contou com apresentação cultural dos indígenas da Escola Estadual Indígena  Wakomekwa, de Tocantínia. “É uma honra estar presente, em mais um ano, nesta encenação. A gente se sente corpo dessa equipe e essa integração é muito bacana para troca de experiências”, disse o professor Edmar Xerente.

Emoção

O diretor-geral do espetáculo, Valdeir Santana, dedicou o espetáculo ao amigo Saulo Michel Cordeiro, vice-presidente da Cia Art’Sacra, que integrava o elenco da Companhia, e faleceu há pouco mais de um mês, assim como ao ator Gustavo Fayad (in memorian). Ele ainda destacou a importância da integração da equipe, formada por mais de 300 voluntários. “Estamos muito emocionados, pois tudo feito por muito amor, muito carinho, muita dedicação com o único propósito de levar essa mensagem de fé e esperança ao íntimo do coração de cada pessoa que nos prestigia”, relatou.

O vice-governador do Estado do Tocantins, Laurez Moreira, falou sobre a alegria de prestigiar o espetáculo, considerado o maior espetáculo a céu aberto do Tocantins. “Uma história de 20 anos marcada por muita dedicação de tantas pessoas, dos voluntários aos espectadores, e nós sabemos a importância que é essa encenação para que a mensagem de amor seja propagada aos nossos corações”, expressou o vice-governador, que prestigiou o espetáculo na companhia da esposa, a desembargadora Ângela Prudente.

O arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito, destacou na abertura do evento a importância da reflexão na Paixão de Cristo. “A Cruz é o alvo para nos santificarmos e nos salvarmos. Então, quando assistimos essa encenação essa deve ser a mensagem: Ele morreu por mim”, concluiu o arcebispo.

Produção

A realização é da Cia Art”Sacra e Instituto Nativus com patrocínio do Governo do Estado do Tocantins, através da Secretaria Estadual de Cultura, Secretaria Estadual de Turismo e Gabinete da Primeira Dama, com apoio da Arquidiocese de Palmas, Federação Tocantinense de Artes Cênicas, Prefeitura Municipal de Tocantínia, Centro de Amor Social Papa Francisco, Paróquia São Luís Orione, o grafiteiro Sandro Rios e as empresas Casa do Chevrolet, RM Pratas, Na Natureza, Mundo Elétrico, Fetaet, e Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Tocantins.

 

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