Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) através do Laboratório de Bioinformática & Biotecnologia (Labinftec) em colaboração com a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e Laboratório de Baculovírus da Universidade de Brasília (UnB), tem sido pioneira na busca por informações sobre a nova variante do novo coronavírus (Covid-19) no Tocantins, a SARS-CoV-2.
Segundo o professor Fabricio Souza Campos da PPGBiotec/UFT, a pesquisa, realizada entre 2021 e 2023, teve como objetivo analisar a variante Ômicron do SARS-CoV-2 no estado do Tocantins, Brasil, e rastrear a propagação da linhagem XBB.1.18.1. “Até o momento foram analisadas 556 amostras positivas, coletadas entre dezembro de 2021 e junho de 2023, por meio de sequenciamento genômico. Os resultados revelaram 39 sublinhagens da Ômicron circulando no estado”, afirmou ao Diário Tocantinense.
Nessa pesquisa (2021) a amostragem do estudo, considerou o fato de que o Tocantins é um estado de interseção entre as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, sendo um ponto de encontro para viajantes e caminhoneiros que se originam das regiões Sul e Sudeste, o que acaba contribuindo para a dispersão do vírus. “O estudo identificou o Tocantins como o local de dispersão do vírus, recebendo vírus dos centros mais populosos como São Paulo e Rio de Janeiro e dispersando para outras regiões, enfatizando a importância que as rotas de transportes tiveram nessa propagação”, explica Campos.
Para o professor, as variantes que circulam no Tocantins detectadas até o momento são iguais a outras variantes detectadas em outros estados brasileiros. Entretanto, esse monitoramento é de extrema importância. Pois se ficar provado que determinada variante é mais transmissível ou provoque um escape vacinal, medidas adicionais de controle devem ser implementadas, além do uso de vacinas que combatam especificamente tal variante.
Além do modelo de contenção adotado, a vacinação incompleta também contribui para a disseminação do vírus Covid-19 no estado. Campos ressalta que a cultura vacinal é capaz de prevenir e ajudar na não propagação de novas linhagens. “Para diminuir a circulação do vírus todos devem se vacinar com todas as doses disponíveis, e não é o que temos visto, muitas pessoas tomam apenas uma dose da vacina contra a COVID-19.”
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