Dados do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na última quinta-feira, 25, destaca os recorrentes aumentos semanais nas internações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), influenza A e do rinovírus. O boletim também traz dados da Covid-19, que mesmo apresentando sinal de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos de acordo com a região do país, ainda é a maior responsável pela mortalidade de SRAG nos idosos. Nas crianças, no entanto, a Covid-19 já é superada pelos números do VSR.
Brasil
Conforme a Fiocruz, no agregado nacional, há sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização na de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 16, de 14 a 20 de abril, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de abril.
Os dados apontam que a crescente circulação do VSR é o que tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de SRAG nas crianças de até dois anos de idade, ultrapassando os óbitos associados à Covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas. O VSR já responde por 57,8% do total de casos recentes de SRAG com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o Sars-Cov-2 (Covid-19).
“Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (10,7%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (53,9%)”, aponta o boletim.
Tocantins
O estado do Tocantins está entre os 23 estados com maior prevalência da crescimento de SRAG na tendência de longo prazo junto com: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
A tendência observada em relação à COVID-19 se mantém de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos. No entanto, embora os óbitos associados ao vírus Influenza estejam aumentando e aqueles associados à COVID estejam em declínio, ainda há predomínio de óbitos por COVID nas notificações de SRAG. Nas crianças pequenas, o VSR mantém-se como o principal vírus identificado tanto nos casos quanto nos óbitos de SRAG notificado.
No momento não há dados relacionados a doenças respiratórias e taxa de mortalidade no Estado do Tocantins.
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