A safra de tomate industrial no Brasil enfrenta desafios em 2024, segundo levantamento da Tomate BR, associação dos processadores e utilizadores de tomate industrial. Condições climáticas adversas, como a presença do evento El Niño, e a proliferação de pragas, como a mosca branca, devem impactar a produtividade das lavouras, com expectativa de retorno ao nível de produção de 2022.
Vlamir Breternitz, diretor da Tomate BR, menciona que a área de cultivo deve ultrapassar 19 mil hectares, revisando as projeções iniciais de um aumento de 7% no espaço ocupado pelas plantações. A produção deve alcançar cerca de 1,7 milhão de toneladas, com números de colheita próximos aos de 2022.
Breternitz explica que o ano de 2023 foi rigoroso para o cultivo do tomate, e as expectativas para 2024 eram mais otimistas. No entanto, as altas temperaturas nos primeiros meses do ano contribuíram para a migração de agentes transmissores de viroses, como a mosca branca, vindos de culturas como a soja, resultando em danos severos às primeiras lavouras e até erradicação de algumas.
Além das condições climáticas, as chuvas intensas em março dificultaram o transplante das mudas, atrasando o cronograma e reduzindo a área de algumas lavouras. Muitos produtores perderam mudas ainda em viveiro devido a esse atraso.
Breternitz destaca que alguns produtores reduziram a área de plantio para evitar colheitas durante meses de maior risco climático, considerando a presença do evento climático La Niña no segundo semestre, caracterizado por fortes chuvas a partir de setembro nas regiões com as principais lavouras do país.
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