A Vara do Trabalho de Guaraí, no Tocantins, analisou uma reclamação trabalhista contra o Sindicato Rural de Guaraí. A ação foi movida por Consuelo Aparecida Julião Fernandes, que questionou a eleição da junta governativa realizada em 16 de fevereiro de 2024.
“Em 2023, resolvi me filiar ao Sindicato Rural com a intenção de, posteriormente, sair candidata a presidente, com o objetivo de organizar e criar um grupo com o agro para fortalecer a instituição e também, a unidade entre a classe,” explicou a Consuelo, em entrevista ao DT.
Segundo a autora, na eleição, houve exclusão de associados e o aumento da anuidade violaram as regras do estatuto do sindicato.
“Entendo que o Sindicato Rural é de todos e para todos! Quando finalizou o mandato em fevereiro de 2024, não houve eleição e não houve prestação de contas. Houve uma assembleia para eleição da junta governativa, da qual o Sr. Adriano Fonseca não poderia participar, uma vez que não prestou contas de seu mandato,” ressaltou Consuelo.
Assim, ela pediu que a eleição fosse anulada, e que os membros da junta governativa fossem afastados, além de solicitar que todos os contratos firmados após a eleição fossem suspensos. Também alegou que a atual administração estava mal gerindo os recursos do sindicato.
“Todos têm acesso aos sites da justiça, onde se observa um aumento de contas não pagas, além das que ainda não foram ajuizadas. A falta de prestação de contas autoriza a perda do mandato de membro da administração,” acrescentou.
Inicialmente, o pedido de urgência foi negado. No entanto, após uma nova análise, a Justiça verificou indícios de irregularidades, como a falta de prestação de contas e o uso de uma conta bancária de Katiuscia Dias Pereira Vieira, esposa de Adriano Oliveira Fonseca, para movimentações do sindicato.
Diante disso, a juíza Solyamar Dayse Neiva Soares, responsável pelo caso, no dia 15 de maio, suspendeu a eleição da junta governativa e afastou Adriano Oliveira Fonseca, Paulo Sérgio de Carvalho e Juliano Venâncio da Silva.
Após isso, o Ministério do Trabalho e Emprego foi acionado para organizar novas eleições e garantir a prestação de contas.
“Em análise, observando todos os documentos apresentados, nota-se uma falta de transparência nos atos do sindicato, falta de comunicação e respeito com seus membros, como medidas que fogem das regras e leis sem aviso prévio de mudanças,” afirmou Consuelo. “Enfim, buscando que seja feita uma eleição de forma justa, solicitamos que fosse ajuizada uma ação para apurar os fatos. Para isso, ninguém melhor que o judiciário, visando assim, transparência e comprometimento com a instituição”, explicou Consuelo.
O Diário Tocantinense deixa o espaço em aberto para o Sindicado Rural para eventuais possíveis explicações.
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