Nos últimos dias, a discussão sobre a eliminação dos lixões a céu aberto, prevista para este ano, tem gerado grande interesse público. O IV Seminário de Gestão Socioambiental, realizado pelo Poder Judiciário Tocantinense, trouxe esse tema para o centro das atenções. No evento, foram distribuídas 300 ecobags feitas com uniformes de eletricistas da Energisa, que seriam descartados.
A Energisa, concessionária de energia no Tocantins, desenvolveu essa iniciativa em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Paraíso do Tocantins. O projeto transforma uniformes antigos em ecobags, contribuindo para a renda de mães de alunos da Apae e promovendo a inclusão social.
Juliana Ribeiro, engenheira ambiental presente no evento, elogiou a ideia: “Foi significativo receber uma sacola reutilizável feita a partir de materiais que seriam descartados em um evento focado na eliminação dos lixões. Isso reforça a importância social e ambiental da iniciativa”, disse. Ela destacou a urgência de discutir o tema com diversos setores da sociedade, afirmando que medidas diligentes são essenciais para um futuro sustentável. “Iniciativas como essa nos mostram que a colaboração pode nos levar a soluções viáveis”, acrescentou.
O projeto das ecobags faz parte do programa Paraíso das Mulheres, iniciado em 2017. O programa capacita mães, avós e tias de pessoas com deficiência em corte e costura, permitindo que elas produzam diversos itens artesanais, como lixeiras de câmbio, pesos de porta, estojos escolares e luvas de cozinha, além das ecobags.
Em 2023, a Energisa doou 4 mil uniformes inutilizáveis para a Apae, resultando na produção de 900 ecobags. Leandro Fernandes, gerente de projetos da Energisa Tocantins, comentou: “Queremos mostrar que é possível fazer muito com pouco. Os uniformes, que antes vestiam eletricistas e auxiliares comerciais, agora carregam uma nova energia de cuidado com o planeta e com as pessoas”.
O Brasil gera cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos anualmente, um número que impacta negativamente o meio ambiente e a economia. A falta de reciclagem e reaproveitamento agrava a situação.
O IV Seminário de Gestão Socioambiental no Tocantins, promovido pelo Tribunal de Justiça em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) e a Rede TO Sustentável, buscou conscientizar a população sobre a gestão de resíduos. (Assessoria de Imprensa Energisa)
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