Porto Nacional, até 1979, era um município, como a maioria do antigo Norte de Goiás, que muita gente não dava importância, ou não prestava atenção, mas a cidade tinha lá seus privilégios por estar na margem direita do Rio Tocantins. O próprio estado de Goiás, até as movimentações para a construção de Brasília, era um ente da Federação relegado à própria sorte. Por muitos anos, a principal ligação entre o Norte de Goiás e o restante do mundo era o Rio Tocantins. E foi aí que a cidade nasceu.
Depois, em outro período não menos importante, Porto Nacional ganha um aeroporto e vira rota de aviões que faziam a integração do interior do Brasil através do Correio Aéreo Nacional, o CAN, e permitiu também a empresas aéreas estabelecerem rotas, mas sem perder o Rio Tocantins como referência. Assim, desenvolveram-se cidades como Porto Nacional, na época em Goiás, e Carolina, no Maranhão, dentre tantas outras.
Mas em 1948, o então deputado federal Jalles Machado vislumbrou uma rodovia ligando Anápolis a Belém, rasgando o então Norte de Goiás e conseguiu aprovar uma Lei (326/1948) que autorizava o governo federal a “dar execução ao Plano de ligação ferro-rodo-fluvial entre as cidades de Anápolis, em Goiás, e Belém, no Pará”. O sonho viraria realidade com a construção desta estrada sendo acelerada no final da década de 1950 e que depois viria a ser chamada de Belém-Brasília.
Foi exatamente esta rodovia, conhecida hoje como BR-153 ou Belém-Brasília, que mudou os rumos do Norte de Goiás, hoje Tocantins, e que no início da década de 1970 motivou a construção da ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional. Após a inauguração, em 1979, a ponte foi transformadora para Porto Nacional e para os municípios da margem direita do Rio Tocantins.
Pelas características da construção e por falta de manutenção periódica em sua estrutura, a ponte de Porto Nacional foi interditada há mais de sete anos para o tráfego de veículos pesados.
Ao assumir o Governo do Tocantins, Wanderlei Barbosa, portuense e tocantinense que é, deu celeridade à obra por reconhecer sua importância no contexto econômico e logístico, tendo em vista o grande número de veículos pesados tinha que se submeter à balsa ou dar a volta fazendo a travessia em Palmas, a Capital.
Festejada nesta e nas próximas semanas, a inauguração da nova Ponte de Porto Nacional tem estrutura diferenciada da antiga e poderá durar mais tempo, facilitando a vida de todos que precisam atravessar o rio naquele local, seja para chegar à Ferrovia Norte-Sul, seja para chegar à BR-153.
Do ponto de vista histórico, assim como Irapuan Costa Júnior, governador de Goiás em 1979, quando a primeira ponte foi inaugurada, Wanderlei Barbosa, que já está na história como governador do Tocantins, também marca sua passagem com a realização de uma obra de suma importância para a vida do povo e para a economia do Estado.
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