Momentos de tensão tomaram conta da Bolívia nesta quarta-feira (26), quando um grupo de militares liderados pelo ex-general Juan José Zuñiga tentou um golpe de estado na capital, La Paz. A ação, que visava tomar o controle do Palácio Quemado, sede do governo, foi rapidamente reprimida pelas forças leais ao presidente Luis Arce.
Zuñiga, demitido do comando do Exército no dia anterior, motivou a tentativa de golpe pela “instabilidade política” e pelo “clamor popular” contra a elite dominante. Entre suas promessas estavam a libertação de presos políticos, a formação de um novo gabinete e a prisão do ex-presidente Evo Morales caso este se candidatasse à presidência em 2025.
Após a tomada da Plaza Murillo, centro político da cidade, Zuñiga e seus seguidores foram cercados por policiais militares. Bombas de efeito moral foram utilizadas para dispersar a multidão que se reunia em apoio ao golpe. Horas mais tarde, Zuñiga foi preso e acusado de crimes graves como rebelião, incitação de tropas e atentado contra a vida do presidente, crimes que podem resultar em penas de até 20 anos de prisão.
Reação do Governo
Em um discurso televisionado, o presidente Arce reafirmou seu compromisso com a democracia e agradeceu o apoio das Forças Armadas e da população boliviana. Ele também nomeou novos comandantes para o Exército, a Força Aérea e a Marinha, em substituição dos oficiais envolvidos na tentativa de golpe.
A situação na Bolívia segue tensa, mas sob controle. Manifestações pró-democracia se espalharam pelas principais cidades do país, em demonstração de apoio ao governo legítimo. O governo boliviano e a comunidade internacional condenaram veementemente a tentativa de golpe de estado e defendem a resolução pacífica da crise.
O Diário Tocantinense seguirá acompanhando de perto os desdobramentos dessa crise política.
*Matéria em atualização
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