A avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 37%, conforme aponta pesquisa Ipec divulgada nesta quinta-feira (11). Na pesquisa anterior, realizada em março deste ano, o índice era de 33%. A avaliação positiva inclui os que consideram a gestão federal como ótima ou boa, enquanto a avaliação negativa soma os indicadores de ruim ou péssimo.
De acordo com o instituto, o resultado final revela uma melhora na avaliação do governo Lula no terceiro mandato. Em março, as avaliações positiva e negativa apresentavam empate técnico. No levantamento de julho, a diferença se descolou do empate, subindo para 6 pontos percentuais (37% contra 31%).
A pesquisa destaca que a subida mais significativa da avaliação positiva foi detectada entre os moradores da região Nordeste, onde passou de 43% para 53%, e entre quem possui renda familiar mensal de até um salário mínimo, de 39% para 48%. O Nordeste representa 27% do eleitorado brasileiro.
Segundo o professor de políticas públicas Carlos Ribeiro, "O aumento da aprovação entre os nordestinos e as famílias de baixa renda é um indicativo de que as políticas do governo estão tendo um impacto positivo nessas regiões." A gestão de Lula também é bem avaliada entre os católicos, com 44% considerando-a ótima ou boa. Entre os evangélicos, 39% classificam a gestão como ruim ou péssima.
A pesquisa Ipec também perguntou se os entrevistados aprovam ou desaprovam a maneira como Lula está governando o país. Os resultados mostraram que 50% aprovam a gestão, enquanto 44% a desaprovam. Ambos os indicadores oscilaram 1% em relação à pesquisa anterior, realizada em março.
A aprovação do governo Lula é mais destacada entre eleitores que votaram no presidente em 2022 (83%), moradores da região Nordeste (67%), famílias com renda mensal de até um salário mínimo (61%), pessoas menos instruídas (59%) e católicos (57%). A desaprovação é mais expressiva entre eleitores que votaram em Jair Bolsonaro em 2022 (79%), eleitores que votaram em branco ou nulo em 2022 (56%), famílias com renda superior a cinco salários mínimos (55%), evangélicos (55%) e eleitores com ensino médio (50%).
Outro indicador avaliado foi a confiança no presidente. O índice daqueles que dizem confiar em Lula oscilou de 45% para 46%, enquanto o percentual dos que dizem não confiar permaneceu em 51%. "Esses números mostram que, apesar das dificuldades, Lula mantém uma base sólida de apoio, especialmente entre os mais vulneráveis e nas regiões favoráveis ao PT." conclui o professor.
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