O dólar está em alta nesta terça-feira (30), representando um ambiente de baixa volatilidade nos mercados globais. Investidores se mostram cautelosos, aguardando as decisões sobre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgadas amanhã.
A reunião dos comitês de política monetária em ambos os países começou hoje, mas a expectativa é que as taxas permaneçam inalteradas. Apesar disso, o foco está nas comunicações que seguirão os encontros, que podem oferecer indicações sobre os futuros passos dos bancos centrais.
No Brasil, além das expectativas em relação às taxas, os investidores estão atentos à situação fiscal, especialmente sobre como o governo planeja cortar R$ 15 bilhões em gastos. Essa questão fiscal também influencia a percepção do mercado.
No cenário acionário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em queda de 0,42%, marcando 126.424 pontos. Na véspera, o índice já havia fechado em baixa de 0,40%, aos 126.979 pontos. Com isso, o Ibovespa acumula uma queda de 0,40% na semana, embora tenha registrado ganhos de 2,48% no mês, mas perdas de 5,37% no ano.
Quanto ao dólar, às 10h40, a moeda norte-americana subia 0,37%, cotada a R$ 5,6461. Na segunda-feira (29), o dólar havia apresentado uma queda de 0,59%, cotada a R$ 5,6245. Com esses resultados, a moeda acumula uma queda de 0,59% na semana, ganho de 0,65% no mês e alta de 15,91% no ano.
A Petrobras divulgou relatório de produção na segunda-feira, 29, que registrou aumento na produção de petróleo de 2,6%, para 2,156 milhões e barris por dia, no segundo trimestre deste ano, contra o mesmo período de 2023.
Em óleo e gás, a alta ficou em 2,4% na comparação anual, para 2,699 mi boed, a produção comercial de óleo e gás avançou 1,9%, para 2,356 mi boed (barris de óleo equivalente por dia), e a produção de óleo e gás subiu 3% no 1º semestre, contra o mesmo período do ano passado, a 2,737 mi boed.
No exterior, o relatório Jolts de abertura de postos de trabalho em junho deve alimentar as apostas de que o FED (Federal Reserve) deve assumir um tom mais ameno na comunicação nesta quarta-feira, 31, e sinalizar com um possível início do ciclo de cortes nos juros básicos americanos para setembro.
No que diz respeito aos juros, o Banco Central do Brasil inicia nesta terça-feira, 30, a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que, embora não deva trazer nenhuma novidade sobre o patamar da taxa Selic, deve adotar um tom mais duro no comunicado e indicar preocupação com a deterioração das expectativas de inflação, alta do dólar e piora fiscal.
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