O Flamengo conquistou, nesta quarta-feira (31), o direito de construir seu próprio estádio ao vencer o leilão pelo terreno do Gasômetro, no Rio de Janeiro. O clube foi o único interessado no certame, que tinha lance mínimo de R$ 138 milhões. A sessão começou às 14h30 (horário de Brasília) e a proposta do Flamengo foi rapidamente aprovada.
Após a entrega da proposta, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, oficializou a vitória do clube. “Homologo o resultado final, no valor de R$ 138,2 milhões, e declaro vencedor do leilão o Clube de Regatas do Flamengo”, anunciou Paes. Ele destacou a importância da construção de um estádio próprio para o Flamengo, afirmando que o novo equipamento atrairá mais pessoas e movimentará a economia da região.
“Nós entendíamos e sabíamos que havia a demanda do maior clube do Brasil, o Flamengo. Havia demanda por um estádio deste clube tão tradicional, importante, com mais de 100 anos. É uma alegria como prefeito, pelos cariocas, pela importância que o Flamengo tem para a cidade e para o Brasil”, comentou Paes.
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, falou sobre os custos previstos para a construção do estádio. “Estimamos que o custo será em torno de R$ 1,5 bilhão. O Flamengo obterá os recursos necessários e o prefeito nos ajudará com o potencial construtivo. Ele deixou claro que os fundos serão exclusivamente para a construção do estádio e que haverá auditoria”, explicou Landim.
Quanto ao nome do futuro estádio, Landim mencionou que será negociado com grandes empresas ou fundos interessados em financiar o projeto. A previsão é que a inauguração ocorra em 15 de novembro de 2029, data do aniversário de 134 anos do time alvinegro.
A nova arena do clube terá capacidade para 80 mil espectadores, incluindo cinco mil assentos especiais, conhecidos como “cadeiras cativas”, que podem ser vendidos por até R$ 100 mil. Além dessas cadeiras, o clube está desenvolvendo um projeto para incluir setores populares no estádio. O presidente Rodolfo Landim mencionou em entrevistas recentes que os setores localizados atrás dos gols terão preços mais acessíveis, possibilitando que mais torcedores possam adquirir ingressos a valores reduzidos.
A realização do leilão quase foi impedida na última terça-feira, quando o juiz Marcelo Barbi Gonçalves, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, suspendeu a venda do terreno. O juiz argumentou que o Município não pode desapropriar bens de propriedade de empresa pública federal sem a autorização do Presidente da República.
No entanto, a liminar foi derrubada na manhã desta quarta-feira pela Procuradoria Geral do Município, representando a Prefeitura do Rio de Janeiro, junto à presidência do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O desembargador Guilherme Calmon Nogueira da Gama autorizou a realização do leilão, citando “risco de danos graves e irreparáveis ao interesse público” e a violação à ordem pública com o cancelamento iminente.
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