O maestro Rubens Antonio da Silva, conhecido como Caçulinha, faleceu na madrugada desta segunda-feira, 5, aos 86 anos. Ele estava internado há cerca de dez dias no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo, recuperando-se de um infarto.
Caçulinha ganhou destaque na televisão brasileira ao participar de programas da Record e, mais tarde, do “Domingão do Faustão” na TV Globo, onde produziu a trilha sonora do programa por mais de 20 anos. Sua morte gerou grande comoção entre famosos e artistas, que prestaram homenagens nas redes sociais.
O perfil oficial do maestro nas redes sociais destacou seu legado, afirmando que ele “tocou com grandes artistas” e “deixa um legado imenso de amor à arte”.
A atriz Lúcia Veríssimo lembrou como conheceu o músico: “O conheci através do meu pai, sempre foram ligados e respeitavam seus trabalhos mutuamente. Depois o encontrei na Globo e sempre foi de um carinho imenso comigo e com meu pai”, escreveu. Ela acrescentou: “Tenho diversas passagens com Caçulinha, sempre recheadas de imenso carinho. Fico triste, mas certa de que seu caminhar será de luz”.
A apresentadora Márcia Goldschmidt também lamentou a morte do músico, referindo-se a ele como “querido”. O jornalista Flávio Ricco, que trabalhou na TV Globo, Record e SBT, escreveu que Caçulinha é “um nome que a MPB vai reverenciar para sempre”. A apresentadora Sonia Abrão compartilhou a notícia da morte do músico, destacando que ele estava “sempre com seus inseparáveis acordeão e teclados”. O cantor Moacyr Franco também expressou sua tristeza nos comentários da publicação de Sonia Abrão.
Caçulinha também trabalhou com Jô Soares, que faleceu há dois anos. Na ocasião da morte do apresentador, Caçulinha prestou uma homenagem no Instagram, lembrando-se de sua amizade e colaboração profissional com Jô: “Ele foi um grande amigo. Trabalhamos juntos muitas vezes e nos divertimos muito”.
Em entrevistas, Caçulinha contava histórias dos bastidores com grandes nomes da música e da televisão. No “Programa do Jô”, ele relembrou quando Elis Regina pediu um aumento de salário para ele e sua banda ao empresário Paulo Machado de Carvalho Filho. “Ela falou: ‘Caçulinha está ganhando muito mal. Precisa dar um aumento para ele, porque, se não der um aumento para ele, ele vai parar’”, narrou Caçulinha. O empresário respondeu: “Então pode parar”. Caçulinha então implorou: “Não, eu não. Pelo amor de Deus”.
O músico também relatou sobre o convite que recebeu de João Gilberto para tocar na inauguração do Som Brasil, em Santo Amaro. “Eu pensei que fosse para fazer uma abertura”, disse. Ele ficou surpreso ao saber que tocaria ao lado de João Gilberto e terminou afinando o violão do cantor no terceiro dia.
Em 2017, Caçulinha participou do “Programa do Porchat” e contou sobre uma ocasião em que Boni pediu para que Faustão falasse menos. “Sabe o que ele falou? ‘Você me paga para falar, eu vou falar. O dia que você pagar para eu ficar quieto, eu fico quieto’”, contou Caçulinha.
Caçulinha iniciou sua carreira na Bandeirantes nos anos 1980, onde conheceu Faustão e trabalhou no “Perdidos Na Noite”. Quando o apresentador foi para a Globo em 1989, Caçulinha o acompanhou.
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