Uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Estado do Tocantins (PC-TO) e a Energisa flagrou fraudes de energia em diversos estabelecimentos comerciais na região do Bico do Papagaio, incluindo um Parque de Vaquejada. A ação, que ocorreu entre os dias 9 e 13 de setembro, resultou na vistoria de 102 locais, com 38 autuações e 13 prisões em flagrante. Os flagrantes incluíram bares, lojas de roupa, provedores de internet, clínica de estética e residências, demonstrando a amplitude da prática ilegal na região.
A operação foi conduzida nas cidades de São Miguel do Tocantins, Bela Vista, Axixá, Araguatins e Augustinópolis, com um dia dedicado a cada município. O delegado Eduardo Artiaga, responsável pela operação em Araguatins, afirmou que a ação foi bem-sucedida ao identificar diversas ligações clandestinas de energia, levando os responsáveis a serem autuados e presos.
Essa ação faz parte de uma série de operações realizadas ao longo do ano no Tocantins, com o objetivo de coibir o furto de energia elétrica. Em uma operação anterior, no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, 234 inspeções foram realizadas, resultando em seis prisões.
Furto de energia: crime e prejuízo para a sociedade
De acordo com o Código Penal, o furto de energia elétrica é classificado como crime nos artigos 155 e 171, com penas que podem chegar a quatro anos de reclusão e multa. Além disso, a prática conhecida como "gato" pode causar prejuízos graves à rede elétrica, resultando em sobrecargas que afetam a distribuição de energia para a população. Renato Dias, coordenador de Perdas da Energisa, alertou para os perigos dessas ligações clandestinas, que podem causar incêndios e colocar em risco a segurança de moradores e do entorno.
No Tocantins, somente no primeiro semestre de 2024, mais de 29 mil MWh de energia foram desviados, volume suficiente para abastecer cerca de 12 mil residências por um ano ou uma cidade do porte de Araguatins no mesmo período. Em 2023, o total de energia furtada no estado foi de 35.492 MWh. Um boletim da Energisa, em parceria com a Polícia Civil, registrou mais de 31 mil inspeções e 4 mil casos de furto de energia no ano passado, com a abertura de 139 boletins de ocorrência.
A importância da denúncia
A participação da população é fundamental no combate ao furto de energia. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos canais da Energisa, como o Call Center (0800 721 3330), site oficial, aplicativo Energisa On e WhatsApp da Gisa. A delegada Lucélia Marques reforçou a gravidade do crime e os riscos para a segurança e a economia da população. "O 'gato' traz prejuízos financeiros para todos e coloca em risco a vida de quem faz", comentou.
O furto de energia não apenas impacta o fornecimento e a qualidade do serviço, como também representa um ônus significativo para toda a sociedade. A denúncia é uma ferramenta essencial para coibir essa prática criminosa e garantir um fornecimento seguro e eficiente para todos.
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