O mercado do boi gordo iniciou o mês de outubro com preços firmes e em alta, segundo Juliana Pila, tecnista e analista de mercado da Scott Consultoria. O comportamento do setor segue a mesma trajetória observada no final de setembro, quando a oferta limitada de animais, especialmente de fêmeas, começou a influenciar diretamente as negociações.
“Ao que tudo indica, o mercado do boi gordo continua em uma tendência de firmeza nos preços. O que estamos observando é uma diminuição nas escalas de abate, em função de uma menor oferta, principalmente de fêmeas, o que acaba sustentando a alta nas cotações”, afirmou a analista.
No estado do Tocantins, essa dinâmica de mercado tem sido perceptível tanto na região sul quanto na região norte. Na região sul, a arroba do boi gordo está sendo negociada a R$ 250, enquanto a vaca está sendo cotada a R$ 225 e a novilha a R$ 230. Na região norte, os preços apresentam leve variação, com o boi gordo sendo comercializado a R$ 245, a vaca a R$ 225 e a novilha a R$ 227. “Esses preços são brutos e os pagamentos estão sendo feitos a prazo”, explicou Juliana.
A especialista destaca que, mesmo com variações regionais, o cenário é de continuidade na firmeza dos preços, em grande parte influenciado pela menor disponibilidade de animais para abate. “O que vemos é uma oferta restrita, especialmente de fêmeas, o que mantém as escalas curtas e os preços em níveis elevados”, pontuou.
O mercado bovino brasileiro atravessa um período de valorização, e as perspectivas para as próximas semanas indicam que essa tendência de firmeza deverá se manter. “Caso essa oferta limitada persista, é provável que o mercado continue com preços elevados ao longo de outubro”, concluiu a analista.
A especialista finalizou agradecendo pela atenção e reforçando que o monitoramento do mercado continuará, trazendo atualizações para o setor nos próximos dias.
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