Em reunião realizada na sede da ONU em Viena, líderes globais se comprometeram a intensificar ações para enfrentar a crise hídrica e acelerar metas climáticas até 2030. O Brasil esteve representado por delegação ministerial que reafirmou compromissos com gestão de recursos hídricos e redução de emissões, destacando avanços no Plano Nacional de Adaptação ao Clima e no fortalecimento do Sistema Nacional de Recursos Hídricos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que “a humanidade está enfrentando uma emergência hídrica sem precedentes”, e afirmou que “sem água não há segurança, sem segurança não há desenvolvimento, sem desenvolvimento não há paz”. Seu discurso reforçou a urgência de cooperação internacional, investimentos em infraestrutura e soluções baseadas na natureza.
Riscos hídricos no Tocantins
O encontro também destacou Estados brasileiros vulneráveis, como o Tocantins, cuja economia depende de irrigação e geração hidrelétrica. Estudos mostram que secas prolongadas e exploração excessiva de aquíferos reduzem a disponibilidade per capita, ameaçando agricultura, abastecimento urbano e a sustentabilidade energética da região.
Entrevista com especialista
Para ampliar a pauta brasileira no evento, o climatologista Dr. Marcelo Souza explica:
“O Tocantins enfrenta aumento da frequência de secas, o que exige gestão integrada das bacias Araguaia–Tocantins e fortalecimento dos conselhos de recursos hídricos. Sem isso, racionamento e perdas na agricultura serão realidade”.
O especialista destaca a importância de metas claras e monitoramento em tempo real para garantir o acesso à água em futuro próximo.
Compromissos do Brasil
Durante Viena, o Brasil renovou compromissos assumidos no Acordo de Paris, com metas ambiciosas de redução de emissões e investimentos em saneamento básico, infraestrutura hídrica e reflorestamento. A delegação também buscou apoio para iniciativas em curso, como o Programa Água Doce e a expansão de sistemas de tratamento de água no semiárido.
A cúpula em Viena reforça que a crise hídrica exige alianças globais e regionais. O protagonismo brasileiro e os compromissos assinados reforçam a agenda doméstica e destacam a urgência de proteção a áreas críticas como o Tocantins. A abrangência e efetividade dessas ações nos próximos anos serão determinantes para cumprir as metas até 2030.
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