Calor intenso e clima seco fazem disparar vendas de ar-condicionado, umidificadores e ventiladores no TO; Preços sobem

O Brasil tem enfrentado, nas últimas semanas, temperaturas elevadas e índices alarmantes de umidade relativa do ar, especialmente em regiões como o Centro-Oeste e Sudeste. Com o calor e o clima seco, a busca por ar-condicionado, ventiladores e umidificadores disparou, gerando um aumento significativo nas vendas desses produtos. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), houve um aumento de 30% nas vendas de aparelhos de climatização em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto em algumas regiões esse crescimento chega a 40%.

Essa busca urgente por alívio tem refletido tanto no comportamento dos consumidores quanto no movimento das lojas, que enfrentam desafios com estoques e observam um impacto nos preços. Ao mesmo tempo, economistas apontam que o uso contínuo desses aparelhos pode aumentar consideravelmente as despesas com energia elétrica, exigindo planejamento financeiro e escolhas inteligentes para equilibrar conforto e economia.

Alta demanda nas lojas

Gerentes de lojas em todo o Brasil confirmam o aumento da procura por produtos de climatização. Jorge Pereira, gerente de uma grande rede de eletrodomésticos em Palmas, fala sobre o comportamento dos consumidores: “Nas últimas semanas, notamos um aumento expressivo nas vendas de ar-condicionado, ventiladores e, principalmente, umidificadores. O tempo seco aqui em Goiás fez com que as pessoas procurassem não apenas formas de refrescar o ambiente, mas também de melhorar a qualidade do ar em casa”, explicou. 

Em Brasília, Maria Oliveira, gerente de outra loja, também destaca a alta demanda: “Estamos vendendo muito ar-condicionado e ventiladores, mas notamos que os umidificadores têm sido uma grande demanda por conta da baixa umidade do ar, que está deixando o clima ainda mais desconfortável”, pontuou ao Diário Tocantinense

Consumidores lidam com alta nos preços

Embora os lojistas relatem um bom movimento, muitos consumidores têm sentido os efeitos da alta demanda nos preços. Daniela Alves, moradora de São Paulo, explica sua experiência ao comprar um ar-condicionado: “Estava adiando a compra do ar-condicionado, mas com esse calor insuportável, decidi que não dava mais para esperar. O problema foi o preço: em janeiro, estava quase R$ 400 mais barato. Acabei parcelando a compra para caber no meu orçamento.”

Já Marcelo Fernandes, de Gurupi , optou por um ventilador mais potente: “Eu queria algo que resolvesse o problema do calor sem aumentar muito minha conta de luz. Mas até os ventiladores simples estão mais caros. O modelo que comprei saiu por R$ 320, sendo que no ano passado paguei R$ 250 por um similar.”

Alternativas mais acessíveis

Para quem não deseja ou não pode investir em um ar-condicionado, os ventiladores e circuladores de ar se tornam as principais opções, apesar da alta nos preços. Rosa Matos, moradora de Palmas, comenta: “O ar-condicionado seria perfeito, mas o preço, somado à conta de luz, me fez desistir. Escolhi um ventilador de torre, que está dando conta, e saiu mais barato.”

Os umidificadores também têm ganhado destaque, especialmente em regiões com baixa umidade do ar, como Brasília e Goiânia. “Além de refrescar, os umidificadores ajudam a melhorar a respiração durante a noite, tornando o clima mais suportável”, explica Maria Oliveira, vendedora em uma loja de eletrodomésticos.

Lojistas atentos aos estoques

A alta procura por equipamentos de climatização trouxe desafios para os comerciantes. **Carlos Souza**, empresário no setor de eletrodomésticos em Mato Grosso, comenta sobre a necessidade de manter os estoques atualizados: “As vendas dispararam, principalmente de ar-condicionado e ventiladores, e já estamos enfrentando algumas dificuldades para repor os produtos. A demanda está muito alta em todo o país, e os fornecedores não conseguem atender na mesma velocidade.”

Apesar disso, ele celebra o movimento nas lojas, que trouxe um aumento de quase 40% nas vendas em comparação ao ano passado. “Essa procura toda é muito positiva para o setor, mas estamos sempre atentos aos estoques para garantir que o cliente consiga encontrar o que precisa.”

Dicas de economistas: como equilibrar conforto e orçamento

O uso contínuo de aparelhos de climatização pode impactar diretamente as contas de energia, especialmente em um cenário de bandeira tarifária vermelha, que eleva os custos. Para ajudar os consumidores a equilibrar o conforto e o orçamento, economistas sugerem algumas estratégias.

Ana Beatriz Faria, economista especializada em finanças pessoais, oferece dicas para quem busca soluções eficientes sem sobrecarregar o bolso:
 

– Planeje a compra: Se você está considerando comprar um ar-condicionado, pesquise bem antes de adquirir o produto. Em algumas épocas do ano, as lojas oferecem descontos sazonais, e é possível aproveitar promoções para economizar.
– Escolha aparelhos econômicos: Sempre opte por aparelhos com selo Procel A, que indicam maior eficiência energética. Isso pode fazer uma grande diferença na conta de luz ao longo dos meses de uso intenso.”  
– Use o ar-condicionado de forma inteligente: Para quem já tem ar-condicionado, usar de forma consciente pode evitar surpresas na conta de luz. Ligar o aparelho apenas nos momentos de maior calor e manter portas e janelas fechadas durante o uso são dicas simples, mas eficazes.
– Aproveite alternativas: Os ventiladores, circuladores de ar e umidificadores podem ser boas alternativas para quem quer gastar menos energia. Eles ajudam a tornar o ambiente mais agradável sem o consumo elevado de eletricidade

Previsão do clima e impacto no consumo

Com a previsão de que as altas temperaturas e o clima seco continuarão nos próximos meses, as vendas de aparelhos de climatização devem se manter aquecidas, conforme alertam os meteorologistas. Para os consumidores, planejar as compras e utilizar os aparelhos de maneira consciente pode ser a chave para atravessar esse período de calor intenso sem sobrecarregar o orçamento familiar.

O calor extremo e a seca, que afetam grande parte do Brasil, continuam a impulsionar a procura por aparelhos de climatização, como ar-condicionado, ventiladores e umidificadores. Lojistas comemoram o aumento nas vendas, enquanto os consumidores enfrentam desafios com preços elevados e o impacto nas contas de energia. Economistas sugerem estratégias para lidar com essa situação, como a escolha de aparelhos mais eficientes e o uso consciente, para garantir conforto sem pesar no bolso. Com a previsão de calor persistente, o cenário aponta para uma demanda contínua nos próximos meses.

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