Cidade brasileira é mais poluída do mundo e única com ar 'insalubre' para todos

A capital paulista atingiu um triste marco ao ser classificada como a cidade com o ar mais poluído do mundo, segundo a agência internacional IQAir. O registro, feito na manhã desta sexta-feira (13), mostra que São Paulo é a única cidade no planeta onde o ar é considerado “não saudável” para toda a sua população. O dado revela um quadro alarmante para os mais de 12 milhões de habitantes da metrópole, que enfrentam a pior qualidade do ar entre mais de 100 grandes cidades monitoradas.

Ar insalubre e os impactos na saúde

A cidade de São Paulo lidera o ranking global de poluição atmosférica, superando cidades como Lahore e Karachi, no Paquistão, onde o ar também apresenta sérios riscos à saúde pública. O monitoramento constante da IQAir demonstra que os paulistanos estão expostos a uma qualidade do ar “insalubre” para todos, o que representa um perigo real para a saúde coletiva. Entre os principais riscos estão problemas respiratórios, agravamento de doenças crônicas e aumento das hospitalizações.

Além da poluição, a baixa umidade do ar, que frequentemente fica abaixo dos 30%, agrava a situação, dificultando a dispersão dos poluentes e favorecendo o surgimento de queimadas. Segundo as autoridades locais, essas condições climáticas são responsáveis por um aumento expressivo de incêndios, tanto em áreas urbanas quanto rurais, o que contribui ainda mais para a degradação da qualidade do ar.

Ranking das 10 cidades mais poluídas do mundo

Em uma consulta feita às 07h10 desta sexta-feira, o ranking das cidades com os piores índices de qualidade do ar, liderado por São Paulo, era o seguinte:

  1. São Paulo, Brasil
  2. Lahore, Paquistão
  3. Karachi, Paquistão
  4. Lima, Peru
  5. Jakarta, Indonésia
  6. Kinshasa, República Democrática do Congo
  7. Riyadh, Arábia Saudita
  8. Batam, Indonésia
  9. Addis Ababa, Etiópia
  10. Cidade do Kuwait, Kuwait

Esses números são atualizados a cada hora, o que permite uma visão em tempo real da qualidade do ar nas principais metrópoles do mundo. A classificação de São Paulo reflete um acúmulo de fatores, como o uso intenso de veículos, atividades industriais, condições climáticas desfavoráveis e incêndios.

Queimadas em São Paulo aumentam riscos

A situação em São Paulo se agrava com o aumento das queimadas em todo o estado. A Defesa Civil renovou, para este sábado (14), o alerta de risco elevado para incêndios. Até o momento, 317 municípios registram focos ativos de queimadas, o que tem causado um impacto devastador no meio ambiente e na saúde da população.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o número de focos de calor aumentou em 386%entre janeiro e agosto de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento significativo expõe a gravidade da crise ambiental no estado, onde mais de 8.049 propriedades rurais foram diretamente afetadas pelo fogo.

Medidas preventivas e orientações à população

Com a deterioração da qualidade do ar e o aumento do número de incêndios, as autoridades têm emitido orientações para que a população tome precauções. Entre as principais recomendações estão o consumo de muita água, evitar atividades físicas ao ar livre, e, sempre que possível, utilizar umidificadores em casa para amenizar os efeitos da baixa umidade. Além disso, é essencial que a população fique atenta às condições meteorológicas e siga as instruções dos órgãos de defesa civil.

São Paulo sob alerta: um futuro preocupante

A posição de São Paulo como a cidade mais poluída do mundo acende um alerta sobre o impacto das mudanças climáticas e da poluição desenfreada nas grandes metrópoles. Com a continuidade dos incêndios e o aumento das temperaturas, as perspectivas para o futuro exigem uma ação coordenada entre governos, empresas e a sociedade civil para combater os efeitos devastadores da poluição e melhorar a qualidade de vida dos moradores da capital paulista.

A poluição do ar é um problema global, mas a situação em São Paulo evidencia que ações urgentes precisam ser tomadas para proteger a saúde pública e o meio ambiente.

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