Inquérito sobre caso de PM morto por delegado em Gurupi é arquivado pela Justiça

O arquivamento do inquérito que investigava a morte do sargento da Polícia Militar Gustavo Teles foi determinado pela Justiça. O policial militar foi morto durante uma perseguição no dia 22 de outubro do ano passado em Gurupi. O tiro partiu da arma do delegado Luiz Francisco Felizardo. O juiz Ademar Alves de Souza considerou que houve legítima defesa.

Na época, o caso repercutiu em todo o estado e causou uma tensão entre as duas polícias. Tudo aconteceu na noite do dia 22 de outubro, quando foram registrados dois homicídios na cidade. Um deles ocorreu na avenida Brasília com a rua 7. A vítima foi identificada como Neuralice Pereira de Matos, de 22 anos. O outro foi na avenida Alagoas, no centro da cidade, onde Nataniel Gloria de Medeiros, de 28 anos, também foi baleado e não resistiu.

Os crimes teriam sido praticados de forma semelhante: dois homens em uma motocicleta atiraram contra as vítimas. Por causa dos homicídios, uma equipe da Polícia Civil saiu às ruas para investigar, quando viram dois homens com características semelhantes em uma motocicleta.

Na decisão da Justiça consta que os policiais civis verificaram que o passageiro estava com uma arma. Os motociclistas foram perseguidos, perderam o controle do veículo e caíram. Eles eram policiais militares: o sargento Gustavo Teles e o sargento Edson Vieira.

Na decisão, o juiz argumentou que o fato de maior relevância nos depoimentos das testemunhas e do delegado, é que o sargento da PM, que conduzia a moto, ao se levantar da queda, levou a mão até a cintura aparentemente para sacar uma arma, ao mesmo tempo em que tentou fugir, momento em que foi morto com apenas um tiro efetuado pelo delegado.

Um vídeo divulgado na época mostra o momento em que o sargento foi baleado pelas costas, após fazer menção de fugir. O juiz entendeu que o delegado agiu em legítima defesa própria e de terceiro, "em razão de ter visualizado uma iminente agressão em face de sua pessoa e de seus companheiros de trabalho".

Ressaltou ainda que a conduta do delegado é perdoável, já que a princípio ele não tinha conhecimento de que o homem morto e seu companheiro se tratavam de policiais militares, porém "tratavam-se também de supostos criminosos que haviam praticado diversos homicídios a poucos instantes".

Dessa forma, o magistrado afirmou que a reação do delegado foi para repelir agressão. Disse ainda que Luiz Francisco Felizardo atirou apenas uma vez, ou seja, utilizou moderadamente do meio que lhe dispunha para afastar a ação criminosa.

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