Produto das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal é reconhecido no Museu Oscar Niemeyer; nova planta industrial eleva padrão de qualidade e fortalece mercado B2B
Diario Tocantinense I Curitiba — O queijo mussarela Colônia Holandesa, produzido pela Unium — intercooperação formada pelas cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal — foi um dos destaques da 2ª edição do Prêmio Queijos do Paraná. A cerimônia, realizada no Museu Oscar Niemeyer (MON), homenageou 65 derivados lácteos do estado e reforçou a excelência da cadeia leiteira dos Campos Gerais.
A premiação trouxe como inovação a categoria Excelência em Muçarela – Edição Pizza, voltada a queijos de alto desempenho na aplicação gastronômica. O Paraná, que processa cerca de 12 milhões de litros de leite por dia, destina metade desse volume à produção de queijos — e cerca de 90% para a muçarela. A Colônia Holandesa se destacou entre 37 concorrentes de 28 municípios, sendo eleita entre os cinco melhores produtos da categoria.
O reconhecimento foi recebido com surpresa pela equipe da Unium, já que a produção da mussarela teve início recente, no segundo semestre de 2024, na planta industrial da Queijaria Unium, em Ponta Grossa (PR). O investimento de R$ 550 milhões resultou em uma estrutura altamente automatizada, com capacidade de processamento de 800 mil litros de leite por dia e produção estimada de 80 toneladas diárias de queijo. O sabor suave e o excelente desempenho de derretimento foram diferenciais técnicos apontados pelos avaliadores.
“Fomos surpreendidos com a premiação e isso traz muitos significados. A peça de quatro quilos enviada ao concurso representa a padronização e a qualidade da produção automatizada que estamos desenvolvendo com o leite dos nossos cooperados”, afirma Rogério Marcus Wolf, coordenador comercial de Lácteos da Unium. Segundo ele, o prêmio evidencia a maturidade da intercooperação. “Esse reconhecimento consolida nossa visão: investir em tecnologia e gestão, entregando ao mercado um produto de alta aceitação sem abrir mão da origem no campo.”
A cerimônia contou com representantes do Sistema FAEP, IDR-Paraná, Sebrae, Fecomércio-PR e Sindileite-PR, instituições organizadoras do prêmio. Para o presidente interino da FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, a vitória do queijo Colônia Holandesa comprova a capacidade das cooperativas em gerar valor ao leite produzido no Paraná. “É resultado de um trabalho planejado, de produtores comprometidos e de um sistema cooperativista maduro, que transforma matéria-prima de qualidade em produtos reconhecidos nacionalmente”, destacou.
A nova planta da Queijaria Unium é considerada um divisor de águas para as cooperativas envolvidas. Segundo Egídio Maffei, gerente comercial de Operações Lácteas da Unium, a produção ainda está em fase inicial, com cerca de 50% da capacidade operando. “Iniciamos com a mussarela, mas já avançamos com o queijo prato. Em seguida, pretendemos lançar massa de queijo para a indústria e, futuramente, o cheddar. O nosso modelo B2B exige estabilidade, e estamos estruturando isso com solidez”, explica.
Maffei também enfatiza o papel da qualidade da matéria-prima. “O leite dos Campos Gerais é reconhecido nacionalmente. Aliado à tecnologia de ponta dos nossos equipamentos, não há como errar. Nossos parceiros comerciais identificam isso imediatamente e demonstram interesse crescente em expandir as parcerias.”
A premiação e os avanços industriais reforçam o papel estratégico das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal na agroindústria paranaense e nacional. Fundada por imigrantes holandeses em 1951, a Castrolanda, por exemplo, segue como referência em pecuária leiteira e hoje atua em cadeias produtivas diversificadas, com operações também em São Paulo e Tocantins. A Unium, enquanto marca unificadora, tem buscado consolidar essa força coletiva em produtos de excelência com foco em inovação, sustentabilidade e expansão de mercado.
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