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Plantão Policial: Tocantins registra aumento de casos de estupro em 2024; Palmas lidera o ranking de ocorrências

O Tocantins enfrenta um cenário preocupante em relação à violência sexual em 2024. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública mostram que 725 casos de estupro foram registrados no estado entre janeiro e o início de novembro. Desse total, os estupros de vulneráveis representam 695 ocorrências, demonstrando a gravidade do problema, especialmente para crianças e adolescentes. Palmas lidera o ranking, com 119 casos, seguida por Araguaína (71) e Porto Nacional (36).

Os números reforçam a urgência de políticas públicas mais efetivas no combate à violência sexual, especialmente em regiões periféricas e no interior do estado, onde o acesso às redes de proteção é limitado.

Números alarmantes

Com uma média de 72 ocorrências mensais, setembro foi o mês com o maior número de registros, totalizando 80 casos. A análise por dia da semana aponta a segunda-feira como o dia com maior número de ocorrências (139), seguida pela terça-feira (125). Esses dados mostram que a violência sexual no estado não segue padrões específicos de dias ou horários, o que torna a prevenção ainda mais desafiadora.

O estupro de vulneráveis – que engloba crianças e adolescentes como vítimas – representa 95% dos registros, evidenciando um problema estrutural e social grave. Para Maria de Lourdes Costa, socióloga e pesquisadora de temas ligados à violência de gênero, os números revelam uma realidade que vai além das estatísticas. “Esses dados refletem não apenas a violência em si, mas a fragilidade das redes de apoio às vítimas, especialmente em regiões onde a dependência econômica ou o isolamento social dificultam a denúncia”, analisa.

As cidades com mais casos

Palmas, Araguaína e Porto Nacional concentram os maiores números de estupros registrados no estado. No entanto, outras cidades também apresentam índices preocupantes:

  • Gurupi: 25 casos
  • Colinas do Tocantins: 22 casos
  • Paraíso do Tocantins: 20 casos
  • Tocantinópolis: 17 casos

A concentração de registros em municípios maiores reflete, em parte, a maior disponibilidade de serviços como delegacias especializadas e canais de denúncia. Porém, isso também pode indicar subnotificação em cidades menores ou áreas rurais, onde as vítimas enfrentam mais barreiras para denunciar os crimes.

Análise por regiões de segurança

Entre as Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs), Jalapão lidera os registros com 192 casos, seguido pela região Tocantins-Araguaia, com 181. Outras regiões, como Bico do Papagaio e Centro-Norte, apresentaram menores índices absolutos, mas especialistas alertam que a subnotificação pode mascarar a verdadeira dimensão do problema em áreas remotas.

Maria de Lourdes observa que o isolamento geográfico e a falta de políticas públicas nessas regiões contribuem para a invisibilidade dos crimes. “A ausência de infraestrutura para acolher e proteger as vítimas perpetua ciclos de violência, especialmente em comunidades mais vulneráveis. As campanhas educativas precisam chegar a essas áreas, mas é igualmente importante fortalecer as redes de denúncia e proteção”, explica.

A importância da denúncia e da conscientização

Embora os números alarmantes indiquem um aumento da violência sexual no estado, eles também refletem uma maior conscientização sobre a importância de denunciar. A ampliação de campanhas educativas e o fortalecimento das redes de acolhimento são passos essenciais para combater esse tipo de crime.

Maria Clara, mãe de uma vítima de estupro em uma cidade do interior do estado, relata as dificuldades enfrentadas para buscar ajuda. “Eu demorei quase um ano para ter coragem de denunciar. Primeiro porque tinha medo das represálias, e depois porque não sabia onde buscar apoio. Foi muito difícil, mas hoje vejo que é importante denunciar, para que outras mães não passem pelo mesmo”, desabafa.

Para a socióloga, histórias como a de Maria Clara evidenciam que a luta contra o estupro vai além da repressão ao crime. “É uma questão cultural, estrutural e de acesso. Não basta punir os culpados; é preciso prevenir, acolher e reconstruir as vidas afetadas pela violência sexual”, conclui Maria de Lourdes.

Caminhos para o futuro

O combate à violência sexual no Tocantins exige um esforço conjunto entre o poder público, a sociedade civil e as comunidades locais. Investir em campanhas educativas, fortalecer os canais de denúncia e ampliar a rede de apoio às vítimas são medidas indispensáveis para reverter esse cenário. O Disque 180 continua sendo uma ferramenta fundamental para orientar e acolher denúncias de violência sexual em todo o Brasil.

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