Decisão do ministro Cristiano Zanin representa mais um revés jurídico para o prefeito afastado de Palmas, preso desde 27 de junho
Exclusivo- Diario Tocantinense-O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva do prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos). A decisão, proferida pelo ministro Cristiano Zanin, mantém o político detido e nega também a possibilidade de conversão da pena para o regime domiciliar. A informação foi divulgada também pelo T1 Notícias.
Segundo despacho do ministro, não há elementos novos capazes de justificar a soltura do investigado, que é alvo de uma operação que apura suspeitas de corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça. Eduardo foi preso no dia 27 de junho, em desdobramento de uma investigação conduzida por autoridades estaduais, e desde então seus advogados vêm tentando reverter a detenção.
Além de manter a prisão preventiva, Zanin indeferiu o pedido alternativo feito pela defesa para que Eduardo pudesse cumprir pena em casa, sob justificativa de questões de saúde. A avaliação do Supremo, contudo, é de que as condições apresentadas não são suficientes para caracterizar urgência ou risco à integridade física do acusado.
Impacto político
A permanência de Eduardo na prisão aprofunda a crise política em Palmas. Desde a detenção, aliados têm tentado demonstrar apoio público, mas a base de sustentação do prefeito afastado apresenta sinais de fragmentação. O atual prefeito em exercício, Carlos Veloso, que era vice de Eduardo, tem promovido exonerações de aliados próximos do ex-chefe do Executivo e sinaliza um novo rumo na administração municipal.
Na Câmara Municipal, vereadores já discutem a possibilidade de iniciar um processo de impeachment, especialmente diante da negativa sucessiva da Justiça em libertar Eduardo Siqueira Campos. Nos bastidores, a permanência da prisão é vista como um indício de que novas fases da investigação podem surgir nos próximos dias.
Próximos passos
A defesa do prefeito afastado ainda pode recorrer à própria Corte Suprema, por meio de agravo regimental, ou buscar alternativas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No entanto, com a decisão de Zanin, a estratégia jurídica da equipe de Eduardo entra em xeque e pode forçar uma reformulação da linha de argumentação.
Enquanto isso, crescem as especulações sobre a articulação de novos nomes para a corrida eleitoral de 2026 e sobre o futuro político de Eduardo Siqueira Campos — herdeiro de uma das famílias mais influentes do Tocantins, mas hoje encurralado por denúncias e decisões judiciais desfavoráveis.
Á Gazeta do Cerrado, a defesa de Eduardo Siqueira afirmou que na noite de hoje que não há nenhuma decisão até o momento sobre a questão da prisão dele e alega que por se tratar de um processo de segredo de justiça eles não têm conhecimento de nenhuma decisão.
O que espaço está aberto para que a defesa comente o assunto.
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