📍 Internacional / Nacional – Ricardo Fernandes | Diário Tocantinense- Na madrugada desta quarta-feira (3), um terremoto de magnitude 5,5 atingiu uma ilha do Japão, sacudindo estruturas e causando pânico entre moradores — apesar de não ter deixado vítimas graves até o momento. A notícia se espalhou rapidamente, e uma pergunta passou a ecoar nas redes brasileiras: o Brasil também corre risco de tremores assim?
A resposta pode surpreender. Embora o país esteja fora da zona de colisão entre placas tectônicas — como ocorre com Japão, Indonésia ou Turquia —, o Brasil não está imune aos abalos sísmicos. Eles acontecem, sim, e em diversas regiões. A diferença é que, por aqui, são mais suaves, raramente ultrapassando magnitude 4,5.
Entenda: por que o Japão treme mais?
O Japão está localizado sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma região onde placas tectônicas se chocam constantemente, gerando terremotos frequentes e, em muitos casos, devastadores. Um tremor de magnitude 5,5, como o de hoje, é considerado de intensidade moderada, mas pode causar estragos em áreas vulneráveis.
E no Brasil? O solo também se move
De acordo com dados do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), o Brasil registra, em média, de 10 a 15 tremores por ano com magnitude acima de 3. A maioria acontece em regiões afastadas de grandes centros urbanos — mas não é regra.
Os estados que mais registram tremores são:
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Acre
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Amazonas
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Mato Grosso
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Rio Grande do Norte
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Ceará
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Pará
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Goiás
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Minas Gerais
📍 Tocantins está entre os estados com menor risco
No caso do Tocantins, o histórico de tremores é raro e de baixa intensidade. Segundo o Obsis, nenhum tremor significativo foi registrado nos últimos 12 meses no estado. O máximo já registrado foi de magnitude 3,2, em uma área rural próxima a Araguaína, há mais de cinco anos.
“O Tocantins está em uma região geologicamente estável, o que reduz muito as chances de um tremor forte”, explicou o geofísico Paulo Mendonça, em entrevista ao Diário Tocantinense.
🧭 Tremores registrados no Brasil – últimos 12 meses
Data | Estado | Magnitude | Cidade/região |
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14/04/2025 | Pará | 4,7 | Santarém |
27/02/2025 | Ceará | 3,6 | Sobral |
09/12/2024 | Goiás | 3,3 | Catalão |
11/09/2024 | Amazonas | 3,9 | Tefé |
22/08/2024 | RN | 2,7 | João Câmara |
Último no TO | — | — | Sem registro em 2025 |
Fonte: Observatório Sismológico (obsis.unb.br)
🚨 O que fazer se um tremor ocorrer no Brasil?
Apesar de raros e leves, os sismos no Brasil podem ser sentidos como pequenas vibrações, rangidos em móveis ou janelas. Caso ocorra:
✅ Mantenha a calma
✅ Afaste-se de vidros ou estruturas que possam cair
✅ Vá para uma área aberta, se possível
✅ Evite elevadores e escadas
📌 Conclusão
O terremoto no Japão reforça que, mesmo distante das grandes falhas geológicas, nenhum país está 100% livre dos movimentos da Terra. O Brasil, embora abrigado no centro da Placa Sul-Americana, sente tremores leves com certa frequência — e por isso, monitoramento e informação são essenciais.
No Tocantins, a situação segue tranquila, mas a ciência segue de olho no chão que pisamos. Afinal, mesmo os solos mais firmes, às vezes, também tremem.
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